'Rage bait': o que significa a expressão que dominou as redes sociais em 2025?

A expressão "rage bait" foi eleita recentemente a palavra do ano pelo dicionário de Oxford. Mas afinal, o que significa rage bait? O tema foi debatido na tarde desta terça-feira (16), no quadro Descomplica com Igor Drudi, do programa 60 Minutos, na Rádio Som Maior. 

De forma literal, o termo significa "isca de raiva" (rage = isca e bait = raiva). Na internet, o rage bait atua com este exato sentido por influenciadores e criadores de conteúdo digital. Sua função é atrair engajamento para algo, produzindo um gatilho através da raiva. "A raiva gera um senso de justiça, um senso de controvérsia, de polemizar, de querer combater aquele inimigo em comum”, afirmou Igor Drudi, destacando que essa estratégia tem sido amplamente utilizada em discussões políticas, memes e até na área comercial.

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Arthur Lessa relatou durante o programa uma experiência recente, quando, mesmo que não intencionalmente, produziu um rage bait. Ao publicar um vídeo afirmando que investir em imóvel para aluguel rende menos que a poupança, ele disse que não esperava a repercussão. “Eu juro que eu não queria causar raiva. Eu queria provocar, mas não tanto”, contou, ao relatar a enxurrada de comentários favoráveis e contrários gerados pela publicação.

Ouça a entrevista na íntegra:

Qual é o limite do rage bait?

Para Drudi, há uma linha clara entre provocar debate e ultrapassar limites. “Quando entra numa questão de ofensa, numa questão agravante que impacta pessoas, não num nível de hipersensibilidade, mas que realmente fugiu de todo o limite, deixa de ser rage bait e se torna uma ofensa direta”, explicou.
 

Ele também alertou para o uso excessivo da estratégia. “Com o tempo, se você usa ostensivamente o rage bait, a tendência é que as pessoas entendam que você está fazendo algo que não está condizente com o conteúdo que você apresenta”, apontou.

Como não cair na isca

Ao final da entrevista, Igor Drudi destacou que a melhor forma de escapar do rage bait é não reagir. “A primeira coisa é não responder”, afirmou. Ele explicou que o objetivo desse tipo de conteúdo é justamente gerar interação. “Quanto mais você alimentar essa máquina, mais ela produzirá. Você está recompensando um comportamento errado”, alertou. A recomendação final foi direta: “Não compartilhe, não interaja com esse tipo de conteúdo”, finaliza.