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Estoque cheio: crise no arroz leva produtores catarinenses a mirar o mercado do México

Visita de empresários mexicanos ao Sul de SC abre negociação para exportação e tentativa de aliviar o excesso de arroz estocado na safra 2024/25

Por Thiago Hockmüller Criciúma, SC, 15/12/2025 - 16:24 Atualizado há 9 horas
Produtores catarinenses apostam no exterior para reduzir a crise no arroz | Foto: Prefeitura de Tubarão/Divulgação/4Oito
Produtores catarinenses apostam no exterior para reduzir a crise no arroz | Foto: Prefeitura de Tubarão/Divulgação/4Oito

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Arrozeiros catarinenses buscam soluções para arrefecer a crise que tem gerado prejuízos expressivos para o setor. Uma das medidas é a abertura do mercado mexicano, o que possibilitaria o aumento das exportações e a vazão de parte do produto estocado.

Recentemente, uma comitiva formada por empresários mexicanos visitou lavouras no Sul do estado e iniciou negociações para a compra de arroz em casca. A ideia é beneficiar o produto em solo mexicano para, depois, distribuí-lo no mercado interno do país.
 

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A medida não soluciona integralmente o problema enfrentado pelos arrozeiros catarinenses, mas sinaliza o empenho do setor diante da crise instalada na safra 2024/25. Walmir Rampinelli, presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz), diz que o volume das negociações pode atingir 200 mil toneladas. Em um cenário mais favorável, pode chegar a 500 mil toneladas.

Crise no arroz leva SC a negociar exportação com o México | Foto: SindArroz/Divulgação/4Oito

“Não estamos nem pensando em lucro, só estamos pensando em tirar o arroz daqui sem prejuízo. Precisamos enxugar o mercado, tirar um pouco do arroz circulante e mandá-lo para o exterior para que, pelo menos, cubra os custos de produção”, acrescenta.

Taxação mexicana não atinge o setor

O Congresso do México aprovou na última semana o aumento de até 50% nas tarifas sobre importações oriundas do Brasil. A lista atinge 1,4 mil produtos, entre eles autopeças, eletrodomésticos e calçados. O arroz, entretanto, ficou fora da taxação. A notícia significa menos um problema para o setor, que acumula cerca de 2 milhões de toneladas em excesso de estoque. Uma possível taxação inviabilizaria a negociação com os mexicanos.

“No passado, o México isentou inúmeros produtos da importação, entre eles o arroz. Tanto o beneficiado quanto em casca. Só que agora eles revogaram aquela isenção, mas o arroz não está incluído. Então continua como estava antes”, explica.

Embora Santa Catarina ainda não venda o produto para o México, o vizinho Rio Grande do Sul mantém mercado ativo com o país.

Presidente do SindArroz diz que setor enfrenta excesso de estoque e preços pressionados / Foto: SindArroz/Divulgação/4Oito

Santa Catarina é destaque na produção nacional

Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul. De acordo com dados do SindArroz, são 147 mil hectares destinados à produção do grão em solo catarinense, respondendo por mais de 10% do abastecimento nacional. A maior parte dessa produção ocorre na região Sul do estado.

O setor movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano, com aproximadamente 150 mil empregos distribuídos entre o campo e a indústria.

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