A mobilidade urbana de Forquilhinha receberá melhorias significativas durante os próximos dois anos. Isso porque, em sessão extraordinária realizada na última quinta-feira, a Câmara de Vereadores aprovou os projetos necessários para que o Governo do Município financie R$ 20 milhões. São R$ 10 milhões provenientes do Banco Regional de Desenvolvimentos do Extremo Sul (BRDE) e mais R$ 10 milhões do Finisa/Caixa Econômica Federal que serão direcionados a 29 projetos de pavimentação de ruas para ligação entre bairros da cidade. O valor total aprovado pelos vereadores chega a R$ 36 milhões. 

“A principal obra será a pavimentação da Rua Josef Eyng, finalizando o Anel de Contorno Viário que liga a Avenida Professor Eurico Back até a Rodovia Irineu Bornhausem, parte da SC-108”, apontou o prefeito de Forquilhinha, Dimas Kammer. A obra busca desafogar o tráfego no centro da cidade, principalmente em horários de pico. 

Melhor acesso aos bairros e comércio

Além do Anel de Contorno Viário, outras ruas de ligação também receberão pavimento. São elas: Rua Reditário de Bona, que liga a Vila Lourdes ao Bairro Santa Cruz, Avenida Euclides Bortolloto e Rua José Feltrin, que garantem o acesso da Santa Cruz até a Vila Feltrin, e Avenida Afonso Forgiarini, entre a Vila França e a Avenida Professor Eurico Back. A ligação entre a Santa Cruz e Santa Libera, por meio do Loteamento Jardim Eldorado, também será pavimentada. 

“Também teremos ruas menores, entre 150 metros e um quilômetro, em diversos bairros que receberão pavimentação. Com isso, o morador local terá menos poeira no seu cotidiano, mais saúde e bem-estar”, comentou o prefeito. A expectativa da Admi-nistração Municipal é que as melhorias atraiam novos investidores, empresas e comércio para a cidade. “Em longo prazo, será um salto de 20 anos em dois que Forquilhinha recebe, pois não se- ríamos capazes de executar tantos projetos apenas com capital              próprio da Prefeitura”, revelou Kammer. 

Dívida não será problema, diz prefeito

Os investimentos, porém, acompanham uma dívida que se estenderá por 20 anos. Nos dois iniciais, a Prefeitura pagará os juros dos financiamentos, fixados em 11%. “O cálculo é que serão pagos aproximadamente R$ 120 mil mensais em 2019, e algo próximo de   R$ 180 mil ao mês em 2020”, expôs o gestor de Contratos e Convênios da Administração Municipal, Marcelo Scoss. A partir de 2021, o valor mensal a ser desembolsado fica próximo dos R$ 250 mil, com leves aumentos à medida que as parcelas forem sendo pagas. 

“Muita gente acredita que isso poderá gerar uma dependência da Prefeitura com esses financiamentos, mas nós calculamos e a dívida não ultrapassa os 3% do total da arrecadação anual do Município”, argumentou Kammer. Com as novas possibilidades de comércio oferecidas pelas pavimentações, o gestor acredita que o investimento se pagará praticamente sozinho. “Basta pensar nos lucros que a cidade vai obter com todas as obras, e ver que não tem como ficarmos endividados”, finalizou.