O julgamento do segundo pedido de impeachment contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, está se aproximando. Na próxima sexta-feira, 7, o Tribunal Misto define o futuro do comando do estado. Indicações de voto já vão surgindo entre os deputados e, para o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, o que foi definido nas urnas precisa ser respeitado.

“Defendo de forma muito incontestável o voto na urna, tem que respeitar. Quem foi eleito para governar o estado foi Moisés, ponto. Não se discute esse assunto. No meio do caminho teria cometido alguns crimes possíveis de afastamento. Mas foi investigado, Tribunal de Contas, Ministério Público, todos os órgãos fiscalizadores disseram que ele não participou”, destacou o criciumense.

Salvaro argumenta ainda que essa incerteza de quem fica no Governo do Estado, ora Daniela Reinehr ora Moisés, acaba gerando insegurança e instabilidade tanto para o setor público quanto para o privado. Para o prefeito, é preciso definir essa situação de uma vez por todas para que o Estado faça a diferença na vida do catarinense.

Deputado Marcos Vieira deve votar a favor da absolvição

Companheiro de partido de Salvaro, o deputado estadual Marcos Vieira compõe o Tribunal Misto que julgará o pedido de impeachment. De acordo com o prefeito, o parlamentar deverá seguir a linha de absolvição do governador no processo que envolve a compra dos 200 respiradores pelo valor de R$ 33 milhões.

“Eu penso que ele vá votar nessa linha. Conheço muito bem o deputado Marcos Vieira, competente, legalista, estudioso da matéria, assim como os demais integrantes do tribunal. Até alguns outros votos, que votaram pela admissibilidade. Uma coisa é votar para investigar e se aprofundar nesse processo, outra é, depois de ter se aprofundado, votar. É possível que alguns outros votos possam ser refletidos”, afirmou Salvaro.