Em agenda no Sul catarinense, o vice-presidente do PSB de Santa Catarina, Juliano Duarte Campos, praticamente confirmou o apoio do partido à candidatura do senador Dário Berger, pelo MDB, ao governo do Estado. Ao Programa Adelor Lessa, o ex-prefeito de Governador Celso Ramos descartou a filiação do senador aos Socialistas e prospectou uma candidatura própria caso os emedebistas indiquem outro candidato à Agronômica.

"Não existe conversa sobre o Dário no PSB. Eu ando muito na rua em todas as cidades de cabeça erguida e conversando com a base, não tenho dúvida que o nome dentro do MDB é o Dário. As urnas mostraram que ele não é um aventureiro. Veio da base, foi vereador, prefeito de São José e de Florianópolis", exaltou Campos.

A posição de Berger mais ao centro do espectro político é um fator positivo na visão do vice-presidente do PSB de Santa Catarina, que não esconde a possibilidade de candidatura própria do partido caso o MDB opte por um candidato à direita. 

"O projeto do PSB pode inclusive ter candidato ao governo. Temos ligação com o Dário enquanto candidato, porém também leva a essa situação a postura do candidato. O Dário não é de esquerda e nem direita, ele não tem extremo. Tem gente que quer posar ao lado do presidente, dizendo que é o candidato do Bolsonaro. O PSB tem compromisso, dentro do parâmetro de candidatura com o Dário, porque ele é esse cara de centro. Escuta a base e não passa por cima de ninguém", disparou.

Juliano Campos foi eleito prefeito de Governador Celso Ramos em 2012 pelo Dem e reeleito pelo PSD em 2016, e hoje ocupa a vice-presidência estadual do PSB. O presidente é o ex-petista Cláudio Vignatti. 

A sigla deu uma guinada à esquerda nacionalmente desde 2018, mas desenha-se um apoio a uma candidatura de centro em Santa Catarina. Campos foi questionado sobre o apoio que deu a Jair Bolsonaro em 2018; disse-se arrependido. 

"Apoiei Bolsonaro, não escondi de ninguém. Errar é humano, persistir no erro é burrice. Não posso dizer que vou votar no cara que fui barrado no aeroporto quando meu município foi atingido pelo ciclone bomba e ele não mandou nem uma cebola para a cidade chorar. Ele menosprezou a cidade mais atingida pelo ciclone bomba", relatou.