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Presídio Santa Augusta conta com 130 presos com covid-19

A rotatividade de presos e a superlotação podem ter ajudado no alastramento da doença
Por Vitor Netto Criciúma - SC, 20/07/2020 - 09:29 Atualizado em 20/07/2020 - 09:34
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O Presídio Santa Augusta registra atualmente 130 presos contaminados com Covid-19. O salto desta semana levantou um alerta, já que na última semana a unidade registrava apenas 21 casos. Além dos 130, o presídio conta com 21 recuperados, 119 detentos com a doença em isolamento e outros 21 apenados aguardando o resultado. 

"Foi uma surpresa muito negativa. Tínhamos 21 e houve um salto para 130. A notícia boa era de que 98 desses presos já estavam em isolamento, eram suspeitos. Então uma galeria ficou isolada, porque já estavam com suspeitas", explicou a juíza da Vara de execuções penais da comarca de Criciúma, Débora Zanini, ao programa Adelor Lessa na manhã desta segunda-feira, 20.  

Conforme a juíza, todos os positivados estão bem. "Se não fosse a pandemia, diríamos que era uma gripe comum entre os detentos", afirmou. "Nós temos uma estrutura montada. Temos o setor de saúde atuando no presídio, com três enfermeiros, dois técnicos de enfermagem, dois estagiários e um médico. Está tudo sobre controle", comentou. 

A juíza explicou que também há a rotatividade de presos e a superlotação podem ter ajudado no alastramento da doença. "Uma cela é projetada para oito pessoas e tem algumas que têm 12 ou 13 em casa uma", afirmou. "A rotatividade no presídio também é grande. A gente achou que a pandemia ia dar uma acalmada, mas aumentou. No incio da pandemia eram 980 detentos, hoje 1.021. Teve um aumento na criminalidade. Os criminosos continuam atuando, não estão isolados. Os crimes acontecem e eles levam a covid para dentro do presídio", enfatizou. 

Demais unidades

A Penitenciária Feminina não registrou nenhum caso. Já a Penitenciária Sul registrou um caso no início da pandemia e atualmente está curado. "É uma doença que não sabemos como ela age. Era um preso que não saia, não recebia visitas. Ele não teve contato e não repassou para ninguém", finalizou. 

Agentes penitenciários também foram contaminados. "Toda a semana os trabalhadores fazem o teste. Mas foi tranquilo, foram afastados e tiveram alguns sintomas de gripe", comentou. 

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