Estudo divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revela que pacientes que sobreviveram à doença, assim como os familiares, passaram a adotar estilo de vida mais saudável. A pesquisa foi divulgada durante o lançamento da campanha da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro). Para o triênio 2019 a 2021 o tema será #EuSoueEuVou, que representa o poder que as ações pessoais tomadas no presente têm no futuro. 

Segundo a médica cancerologista da clínica Onkológica, Dra. Juliana Althoff, o estudo ratifica um comportamento que os médicos percebem em consultório: “A maioria dos casos de câncer tem tratamento, mas receber o diagnóstico da doença sempre causa impacto em uma família. Após uma resposta positiva às terapias, não só o paciente, mas também as pessoas próximas a ele passam a cuidar mais de si e a prestar mais atenção, mudando alguns hábitos de vida”, salienta.

A campanha tem como foco evitar milhões de mortes a cada ano por meio do aumento da consciência e educação sobre a doença. No levantamento, pacientes e familiares relataram mudanças na alimentação com a adoção de dietas mais saudáveis, dentro das suas realidades. Eles também contaram que começaram a praticar exercícios físicos e passaram a fazer exames médicos periódicos. Os pesquisadores brasileiros entrevistaram aprofundadamente indivíduos diagnosticados há pelo menos 12 meses com câncer de próstata, mama, colo do útero. Eles atribuíram o resultado ao processo de reformulação de valores, já que os voluntários também revelaram que redefiniram o que e quem, de fato, importa em suas vidas.