Uma mãe, com dois filhos, está preocupada com a segurança das crianças na rua de casa. A família mora no bairro Wosocris, na Grande Rio Maina, em Criciúma e, há anos, uma pequena ponte de madeira quebrada é um empecilho aos moradores. Segundo Daiane Fernanda Demetrio, as três famílias que vivem do outro lado do rio reclamam do problema com recorrência, mas nunca receberam uma solução definitiva.

“Há três anos, eu consegui que fizessem a ponte de madeira, sendo que eles tinham me prometido uma de ferro. Eles alegam que podem fazer só uma passarela, mas tem três famílias que vivem ali. Quem corre mais perigo sou eu, com meus filhos de dois e quatro anos”, relatou a moradora. “A prefeitura sempre fecha meus protocolos alegando que não tem reparo, porque são só dois moradores. Mas eu sou uma cidadã, pago meus impostos”, acrescentou.

O presidente do bairro Wosocris, Valmir de Souza, o Aspirina, também já tentou abrir protocolos na prefeitura de Criciúma para resolver o problema, mas não chegou a uma solução. Segundo ele, a única alternativa possível, conforme o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), é a construção de uma passarela.

“A empresa terceirizada pela prefeitura esteve ali e explicou que não se pode fazer uma ponte, não deve passar com o carro. Levei uma engenheira da prefeitura, o superintendente e o proprietário de uma empresa terceirizada, mas o Inmetro não autoriza, não tem como fazer uma ponte, porque não é trânsito para carro”, informou. “A Secretaria de Obras tem que se preocupar mais com a área da segurança, porque pessoas correm risco, mas a prefeitura não finaliza, só vai empurrando”, acrescentou. 

Procurado pela reportagem do Portal 4oito, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Criciúma, Tita Beloli, esclareceu que a ponte quebrada já é pauta na pasta e deve ser consertada em breve. “Já falei com a equipe, eles estão cientes e está no nosso planejamento. Terminando a ponte em que estamos trabalhando, nós já vamos para lá”, disse.