Com a chegada do verão, as praias catarinenses lotam de turistas para aproveitar o sol e calor da estação nas férias. Porém, um fator que sempre causa receio é a presença de águas-vivas na beira do mar, que podem provocar queimaduras nos banhistas.
No primeiro dia do verão (21), o professor de Oceanografia e Biologia da UFSC, Alberto Lindner, gravou um vídeo para as redes sociais, alertando sobre a presença de 30 águas-vivas em um curto espaço de um quilômetro, na praia de Imbituba. "Mesma situação acontecendo em Florianópolis e outras praias de Santa Catarina", destaca o especialista, no vídeo publicado. Ele adiciona que a espécie encontrada na praia foi a Chrysaora lactea, uma das mais comuns do estado, associada com acidentes.
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Redução e novo risco
O professor publicou, nessa quarta-feira (24), véspera de Natal, um novo conteúdo em suas redes sociais, onde trouxe uma atualização do número de águas-vivas contabilizados. No novo balanço, ele destacou ter avistado apenas três animais. Lindner explica a redução significativa por conta da temperatura da água do mar. "Provavelmente está associado com o vento nordeste, que soprou forte nos últimos três dias e que faz com que essa água fria lá do fundo venha até na superfície. É a chamada ressurgência", conta.
Apesar da menor quantidade de animais encontrados, ele alerta para o perigo de, por conta da água gelada, aparecer uma nova espécie (e mais perigosa) do animal, podendo ter até um metro de diâmetro, e tentáculos de mais de 10 metros de cumprimtento. "Pode ser que venha uma outra espécie de água-viva chamada Drymonema gorgo, que é a água-viva gigante", relatou, citando a raridade da espécie.
Cuidados
Em caso de queimadura pelo animal, os principais procedimentos são:
- Saída imediata da água
- Limpeza do ferimento com água salgada, sem esfregar (Não devem ser utilizadas água doce, urina, sabonete e nem álcool no local do ferimento)
- Remoção, com cuidado, dos tentáculos que podem adentrado a pele (pode ser realizada com um cartão de crédito, um palito de sorvetes ou uma pinça)
- Aplicação de compressas de vinagre por 30 segundos na região afetada. Os postos de guarda-vidas atuam de prontidão para a aplicação do produto por cerca de 30 segundos
- Aplicação de filtro/protetor solar na lesão, de duas em duas horas
Com informações do Portal Drauzio Varella
Veja, abaixo, os vídeos do professor: