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Os impactos da Covid-19 em debate no Fórum Parlamentar Catarinense

Encontro tem a participação dos ministros da Educação, Economia e representante da Saúde
Por Marciano Bortolin São João Batista SC, 21/05/2020 - 17:54 Atualizado em 21/05/2020 - 18:08
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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Com a participação de ministros, o Fórum Parlamentar Catarinense realizou reunião na tarde desta quinta-feira, 21, no município de São João Batista. Entre as participações, via web conferência, estão os ministros Paulo Guedes, da Economia, Abraham Weintraub, da Educação e o secretário executivo adjunto do Ministério da Saúde, Coronel Elcio Franco. Além do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e da vice Daniela Reinehr (Sem partido). “O isolamento social é a determinação mais adequada neste momento, mas traz implicações aos estados, municípios com a redução brusca do faturamento das empresas e isso exige a tomada de mediadas para preservação dos negócios. A Covid-19 instalou uma crise social e econômica de efeitos ainda incertos”, enfatizou o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal, Daniel Freitas (PSL).

A vice-governadora, Daniela Reinehr, falou das dúvidas e dificuldades enfrentadas durante a pandemia. “Mas a partir destas dificuldades muitas outras apareceram, princialmente do setor econômico, logística e outras que limitam as nossas vidas. Estou ciente destas dificuldades e parabenizo todos que fizeram esforço para estar aqui, com todos os critérios para a prevenção da saúde de todos. Sempre acreditei que é ouvindo todos os setores que conseguimos construir a Santa Catarina que a gente deseja. Reerguer o nosso estado fazendo esta união de esforços com todos os representantes, Governo do Estado, criar um projeto de recuperação econômica, viabilidade da prevenção da saúde”, enfatizou.

A vice-governadora recebeu, inclusive, presentes simbólicos do prefeito da cidade, Daniel Netto Cândido (PSD) : sapatos.

Vice-governadora é presenteada durante o fórum

“O Sul é exemplo”, fala secretário-executivo do Ministério da Saúde

Participando da reunião por vídeo, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Coronel Elcio Franco, disse que os três estado do sul do Brasil estão preparados para enfrentar a pandemia. Gaúcho, ele falou que o Sul está fazendo o dever de casa. “Os três estados fizeram o dever de casa. Nós do Sul do Brasil estamos preparados para enfrentar a pandemia. Cumprimos as orientações previstas e estamos em melhores condições dos irmãos do Brasil. A verdade tem que ser dita”, citou.

Ele lembrou também que entre recursos exclusivos para enfrentamento da Covid-19 e a verba de custeio que foi encaminhada de forma antecipada, a União encaminhou mais de R$ 1,3 milhão ao estado. “Estamos nos preparando para enviar mais insumos e respiradores para todo o país. Ressaltamos a forma não linear de distribuição de forma a atender todos. Peço que mantenham as informações referentes aos hospitais de forma atualizada a fim de alimentar o nosso banco de dados para fazermos a gestão com a maior precisão. A verba de custeio referente a três meses foi encaminhada de forma antecipada e caso necessitem basta enviar um documento simples que imediatamente iremos atender”, concluiu.

Dúvidas

O deputado federal, Darci de Matos (PSD), disse compactuar com a tese do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL). “Podemos fazer as duas coisas: salvar vidas com o isolamento dos grupos de risco. Vai morrer mais brasileiros, sobretudo, por depressão. É a tese que eu defendo. Estamos com muitas dúvidas, da vacina, da dimensão do pico do coronavírus, da dimensão da crise econômica. Mas não temos dúvida de uma coisa. As autoridades políticas deste país, temos que unir forças, esquecer bandeiras políticas, ideologias e lutar contra o coronavírus, a crise na saúde e a crise econômica. Vamos juntar forças para que a gente possa vencer estas duas barreiras”, enfatizou o parlamentar.

Matos defendeu ainda a retomada dos debates em torno das reformas após a pandemia. “São fundamentais para o nosso crescimento”, concluiu.

Reflexos da pandemia

O prefeito de São João Batista, cidade que recebeu a reunião, Daniel Netto Cândido (PSD), falou dos impactos gerados devido à crise. Polo calçadista, ele disse que eram oito mil pessoas empregadas no setor antes da pandemia. “A nossa cidade vinha em uma ascensão. Prometia ser o melhor ano e a pandemia veio derrubando tudo, deixando a nossa cidade com mais de dois mil desempregados em um primeiro momento. Aumentado pela dificuldade da retomada da economia e não vai ser uma tarefa fácil porque o calçado não é essencial”, comentou.

Ele fala também que o segmento depende ainda da reabertura do mercado em diversos estados brasileiros. “Do 1,6 milhão pares de calçados que produzíamos, pouco ficava em Santa Catarina, precisamos eu que o comércio abra em todo o Brasil. Norte e Nordeste, com situação delicada. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Mercados importantes para nós estão fechados. Sem venda, não tem pedido. Sem pedido, as empresas não conseguem produzir. O que queremos é esta união, empresários funcionários, poder público. Precisamos juntos criar soluções para voltar a normalidade com segurança”, completou.

Aulas presenciais, o transporte e eventos como desafios

De forma remota, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), falou das ações e do impacto econômico gerado no estado e voltou citar o termo “não politizar”. “Estamos alinhados com o Governo Federal para evitar o fechamento de frigoríficos. Tivemos protagonismo no isolamento social no Brasil. No dia seguinte da primeira transmissão comunitária já decretamos o fechamento. Conscientizamos toda a nossa população. Precisamos do diálogo, não politizar este momento. Estamos tratando de vidas, a economia está envolvida também, tanto que a indústria nunca foi paralisada em Santa Catarina. Aqueles que puderam retomar as atividades o fizeram, os setores que entendemos que ainda não é possível, não vamos fazer isso nos próximos dias. Vamos acompanhar os acontecimentos, a ciência. Temos uma equipe trabalhando com dados”, ressaltou

Carlos Moisés falou que os três principais desafios são as aulas presenciais, o transporte e eventos.

“Precisamos voltar em algum momento a ter aula”, afirma Ministro da Educação

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou da educação à distância, lembrando que 40% das aulas presenciais podem ser feitas à distância, não devido à pandemia, mas porque uma portaria do ano passado já permitia. “Autorizamos as aulas a distância, mas para o futuro continuamos a tendo como um credenciamento simples, a portaria do MEC permite que 40% da carga horária presencial possa ser oferecida a distância. Vamos buscar todas as soluções necessárias. Precisamos voltar em algum momento a ter aula”, enfatizou.

Weintraub acredita que a educação à distância deve ser mais bem aceita após a pandemia. “Quando passar a pandemia ainda vai ter esta flexibilização para os cursos presenciais. “Entendo que a suspensão das aulas poderiam ter sido postergadas, não estou falando de Santa Catarina, estou falando no Brasil como um todo. É preciso analisar caso a caso, entendo a preocupação de todos, mas é possível ir pensando em retornar aos poucos. Está na hora de sentar e discutir a volta às aulas”, opinou.

De seu escritório em Criciúma, o presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia (PSD), também falou via vídeo. “Precisamos agir para que após a pandemia não tenhamos uma crise ainda maior. O Governo Federal faz a sua parte de alguma forma colaborou. O estado também precisa continuar nesta direção. É difícil enfrentar três crises ao mesmo tempo. Crise nunca vista em tempos modernos, o que eu prego é a nossa união”, relatou.

Inimigo oculto

“Inimigo oculto”, assim o senador, Jorginho Melo (PL) chamou o coronavírus durante a sua participação no fórum e, ao citar a fala do governador, disse estar rezando para que Santa Catartina realmente seja um case de sucesso. “As escolas particulares estão quebrando. Tem que ter um protocolo para a volta senão todas vão quebrar. Todos os deputados e senadores estão trabalhando para liberar as emendas. O presidente está dando atenção, nos atendendo. Aprovamos R$ 2 milhões para os hospitais filantrópicos. A palavra abençoada era saber até quando ia, quando é o pico, estamos lutando com todas as nossas forças contra um inimigo oculto”, salientou.

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