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No aniversário, os problemas da economia

Meleiro comemora 57 anos com feriado municipal nesta terça-feira com os olhos voltados ao amanhã
Por Fagner Santos Meleiro, SC, 27/11/2018 - 07:55
Arquivo / A Tribuna
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Da abundância do mel silvestre é que se originou o nome Meleiro. O alimento, encontrado em 1760 com o estabelecimento das primeiras famílias que imigraram de Portugal e da Itália no município, reflete a quantidade de colmeias de abelhas que habitavam aquelas terras no século 18. Hoje, as abelhas quase que desapareceram e o que permanece daquela época, além do nome, é a forte in-   fluência da agricultura na economia meleirense. Há exatos 57 anos, em 1961, é que a emancipação político-administrativa veio. No aniversário de hoje, feriado municipal, refletem-se quase seis décadas de uma economia que, atualmente, se encontra em vacas magras, e limitada ao plantio de arroz e, em menor quantidade, feijão, milho e fumo. 

“A situação está difícil no país, no Estado, e no nosso município não seria diferente”, reconhece o prefeito Eder Mattos. “Não existe incremento em receitas, nada de novo que possa nos auxiliar a crescer”, revela. São, atualmente, mais de sete mil habitantes. A grande maioria trabalha no campo. Uma baixa de mais de 200 produtores agrícolas foi registrada. “São meleirenses que estão ligados com o nosso município, mas decidiram ir plantar no Rio Grande do Sul pelo baixo retorno que encontravam aqui”, comenta.  

A saída da JBS da vizinha Morro Grande, há um ano, também afetou Meleiro. “E nos pegou fortemente”, diz Mattos. Eram aproximadamente 15 avicultores do município que atuavam como fornecedores. “Perdemos empregos. É um agravante para a nossa economia, pois muitos munícipes trabalhavam na mão de obra, e esse retorno não existe mais”, complementa. “É difícil calcular, mas a quebra na arrecadação do ICMS vai ser sentida ainda nos próximos dois anos”, estima o prefeito. 

Acesso dificultado a Araranguá

Um dos agravantes da estagnação da economia está no acesso dos meleirenses à maior cidade da região da AMESC: Araranguá. A rodovia que liga as duas cidades é a SC-447. São 18 quilômetros, na sua maioria, precários. “Há dez anos que a empresa ganhadora da licitação está ali”, relembra Mattos. “Mas não sabemos se a via está concluída, pois muitas partes, mais de seis quilômetros, estão em péssimas condições”, afirma. Quando chove a água se acumula no centro da pista, em vez de escorrer pelos acostamentos. “O Estado nos deve respostas. A sinalização foi colocada, mas parece que a obra segue sem estar completa, é um perigo”, afirma Mattos.

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