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Natural de Turvo, bombeiro vai a Brumadinho ajudar nas buscas às vítimas da tragédia

O 1º tenente Daldrian Scarabelot tem experiência em desastres e deslizamentos
Por Vanessa Amando Brumadinho, MG, 19/02/2019 - 06:16
Da esquerda para a direita, o 1º tenente Scarabelot é o quarto bombeiro. Foto: Divulgação
Da esquerda para a direita, o 1º tenente Scarabelot é o quarto bombeiro. Foto: Divulgação

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Um representante do Sul catarinense ajudará nas buscas às vítimas da tragédia de Brumadinho. Natural de Turvo, o 1º tenente Daldrian Scarabelot integra a quarta equipe da Força Tarefa do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) que vai a Minas Gerais. Atualmente, ele trabalha no 10º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), na cidade de São José, na Grande Florianópolis, de onde partiu nessa segunda-feira, dia 18. O grupo viaja no ônibus da corporação e a previsão de chegada é para as 19 horas de hoje.

Bombeiro militar há sete anos, Scarabelot vai a Brumadinho com mais 11 colegas de farda e é responsável pela coordenação desta equipe, sendo que a organização geral dos trabalhos no local da tragédia fica por conta do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. O 1º tenente conta que, a princípio, esta é a quarta e última equipe catarinense a se deslocar até a cidade mineira, mas que a possibilidade de novos grupos de qualquer cidade do estado serem chamados para este trabalho não está descartada.

A escolha dos bombeiros que vão a Brumadinho é feita pela capacitação e experiência dentro da corporação. Segundo Scarabelot, alguns requisitos básicos são as capacitações em Intervenção em Áreas Deslizadas (IAD) e Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC), cursos que ele possui. Além disto, como ele é o bombeiro com mais tempo de corporação entre a equipe que viajou ontem, foi designado para a coordenação do grupo.

“Fui voluntário para essa missão em Brumadinho, mas apenas isso não basta, a formação foi importante porque foram escolhidos os militares mais capacitados para deslizamentos”, destaca o 1º tenente. Basicamente, a equipe vai atuar nas buscas com auxílio de cães e drones, por isto também é formada por bombeiros com experiência na pilotagem de drones e os chamados cinotécnicos, os quais atuam em binômio: bombeiro militar e cachorro.

“Em torno de 140 pessoas ainda estão desaparecidas, mas o desastre aconteceu há muitos dias, então, infelizmente, é pouco provável que as equipes encontrem alguém com vida. Trabalhamos em torno do resgate de corpos de acordo com protocolos internacionais que são seguidos e, para isso, a ajuda dos cachorros treinados é muito importante”, pontua o bombeiro militar.

Experiência em desastres

Aos 30 anos, Scarabelot afirma que já integrou equipes que foram acionadas para situações de desastres naturais em Santa Catarina. “Os desastres naturais fazem parte das adversidades e, como sabemos, nosso estado costuma ser bastante prejudicado por isso. Quando acontece algo do tipo e a demanda extrapola a capacidade dos quarteis locais, somos chamados para prestar auxílio”, ressalta.

No entanto, ele afirma que nunca trabalhou em algo como o que ocorreu em Brumadinho, onde deve ficar até o próximo dia 27. “Com certeza, nada na mesma proporção. No mínimo, espero poder dar a dignidade de um velório, um enterro aos familiares que estão em busca de seus entes queridos. Vou com o sentimento de empatia, me coloco no lugar das pessoas. Imagino a angústia de quem viu um familiar sair para trabalhar e ele não voltou mais. E profissionalmente é uma experiência que todo bombeiro quer participar, vamos com empatia, mas também com muita energia pelo privilégio que é poder participar de uma situação como essa representando o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina”, conclui o 1º tenente Scarabelot.
 

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