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Melancia em alta

São mais de 70 hectares plantados em Içara
Por Fagner Santos Içara, SC, 18/12/2018 - 09:30
Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna
Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna

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Ainda é cedo pra quantificar, mas a produção de melancias de Samuel Patrício vai ser grande. Ele estima que os 17 hectares que plantou rendam ao menos o triplo das 90 toneladas que colheu em 2017. Com a colheita final marcada para a semana do dia 10 de janeiro, ele já segue preparando, em ritmo acelerado, os caminhões de transporte até as fruteiras e revendedoras. E não é pouca melancia: cada caminhão leva, aproximadamente, 18 toneladas. 

A região de Coqueiros, Boa Vista e Lagoa dos Esteves, em Içara, comporta aproximadamente 70 hectares de plantações de melancia. Entre estes, os 17 de Samuel. “Antes, tínhamos três hectares, mas a plantação passada deu certo e resolvemos plantar mais”, conta o agricultor. 

A comparação é com a safra de 2017, primeira para o produtor. “Meu pai vem do plantio do fumo, e ele recomendou que eu investisse em outro segmento, então escolhi a melancia, e está rendendo, agora plantamos 14 hectares a mais do que no ano passado”, completa Patrício. 

Nem o calor prejudicou

As altas temperaturas vivenciadas pelo Sul catarinense não atrapalharam a colheita. “Poucas perdas, mas a qualidade segue sendo o principal fator para que a safra não se perca completamente”, diz o agricultor. A qualidade, que resulta em frutas maiores e mais doces, provém das boas sementes e também do acompanhamento da Epagri. “Eles estão sempre aqui, nos ajudam a plantar, adubar, cultivar a terra de forma correta”, elenca.

Mas nem sempre foi assim. No ano passado, um dos três hectares foi perdido. “Sofremos a ação de uma doença da melancia, e perdemos muita fruta”, os dois hectares restantes resultaram nas 90 toneladas colhidas em 2017, e que agora devem ser ultrapassadas. 

“Estamos felizes com os resultados do último ano, mas também esperançosos de que a colheita final deste ano seja alta, como as boas vendas já vêm anunciando”, comenta o agricultor. Assim, Patrício e outros produtores da região podem seguir confiantes no mercado. 

Bons valores para as melancias

Patrício vende para três fruteiras de Criciúma, e também para uma distribuidora de Curitiba, no Paraná. “Fomos indicados para esta empresa que compra em grandes quantidades, justamente pela qualidade da nossa melancia”, afirma. 

Em Criciúma, consegue vender cada quilo por volta dos R$ 0,70. “Eles oferecem bom preço, visto a qualidade e a proximidade com o produtor”, explica Patrício. Estes quesitos garantem a facilidade de acesso e também a preferência das fruteiras pelas melancias da região. 

Entretanto, para grandes revendedoras, o preço é menor. “Como a produção de São Paulo é a maior do mercado, os preços de lá definem os nossos”, expõe o agricultor. “Quando vendem bem, vendemos mais baixo, perto dos R$ 0,30 ou R$ 0,35”, acrescenta. Lavouras de má qualidade também podem custar menos do que o preço comum. 

Vendas podem ser atrasadas

A variação nos preços, o calor e nem outras adversidades atrapalharam a comemoração de boas vendas à vista. Exceto por uma. “Já está quase tudo vendido, mas os caminhões para o transporte estão com problemas no acesso ao asfalto”, coloca Valmor Zilli, que auxilia os produtores a abrirem as estradas em meio às plantações. 

O problema, então, passa a ser na abertura desses caminhos. “Muitas vezes o caminhão não passa, não dá para transportar assim, mas o trabalho é intenso e acreditamos que isso não vai prejudicar as vendas, apenas atrasá-las”, conclui Zilli. 

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