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Líder do governo na Câmara quer diálogo entre servidores, vereadores e administração municipal

Na pauta, o reajuste salarial dos trabalhadores; sindicato não descarta greve geral da categoria

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 15/05/2023 - 15:33 Atualizado em 15/05/2023 - 16:51
Foto: Rafael Niero/ 4oito
Foto: Rafael Niero/ 4oito

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Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais estiveram reunidos com os vereadores da Casa Legislativa de Criciúma, a fim de apresentar dados que mostram a defasagem do reajuste salarial proposto pelo governo, por meio do prefeito Clésio Salvaro. No início da tarde desta segunda-feira (15), os secretários da Fazenda, da Educação e Geral, Vagner Espíndola, Celito Cardoso e Arleu da Silveira, também estiveram na Câmara para tratar sobre o assunto. 

"Nós tivemos uma reunião às 13h, com o governo. Estava aqui o Celito Cardoso, o Vaguinho e o Arleu. Agora, nós recebemos, democraticamente, a presidente e a vice do sindicato, além do jurídico. Estão sendo discutidos todos os quatro projetos que estão na casa. Eles serão lidos hoje", detalha o presidente da Câmara, Salésio Lima.

"A Câmara de Vereadores é uma Casa onde se homologam as leis. O prefeito mandou o projeto para cá, chamou os vereadores, conversou e explicou. Agora, cabe ao sindicato discutir com o governo. Nós, aqui, só aprovamos ou rejeitamos", informa o parlamentar.

Segundo o líder do governo na Câmara, Toninho da Imbralit, a chance de retirar o projeto da pauta não existe. "A possibilidade é zero. O que pode acontecer é uma nova conversa. Amanhã, vou levar ao conhecimento do Executivo, a maneira como se comportaram hoje, tanto os vereadores, quanto o pessoal do sindicato", disse. 

Ainda conforme o vereador, uma nova reunião entre o Poder Público, vereadores e servidores deve ser proposta ao prefeito de Criciúma. "Nós queremos um debate, quem está falando o que é certo e o que é errado, para nós termos uma posição que não venha prejudicar o trabalhador", acrescenta.

Toninho da Imbralit afirma as que informações, referentes ao reajuste, repassadas pelo governo e pelo sindicato, divergem. "Nós esclarecemos várias dúvidas. Escutamos uma versão por parte do município e outra pelo sindicato. Agora, vou propor ao prefeito para sentarem as duas partes junto aos vereadores", finaliza. 

Balanço das reuniões

A presidente do Siserp, Jucélia Vargas, avaliou a reunião como positiva. “Nós entendemos que temos a maioria dos vereadores e isso é um grande ganho, porque o líder do governo não vai pedir dispensa do parecer. Então, ele vai deixar que o projeto tramite normalmente, isso significa ler ele hoje e ir para as comissões na semana que vem", explica. 

Vagner Espíndola, secretário da Fazenda, também participou de uma reunião no início da tarde, mas somente com os parlamentares. Segundo o profissional, o pedido veio da Casa. "Contamos com a lucidez e serenidade dos vereadores e que o servidor reconheça que o que estamos propondo é o máximo que o municipio consegue neste momento", enfatiza. 

Reajuste proposto pelo Município

Segundo Jucélia, a perda inflacionária do salário dos servidores chega a quase 15% e o reajuste proposto pelo governo corresponde a 4,36%. 

Uma assembleia dos servidores está programada para acontecer nesta terça-feira (16), às 19h. Uma greve geral na próxima segunda-feira (22) é uma das possibilidades caso as tratativas não avancem até sexta-feira (19). 

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