O desassoramento do Rio Sangão está cada vez mais perto de sair do papel. Nesta quarta-feira (21), o coordenador regional do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Ibanez Zanette, entrega, em Forquilhinha, a licença que permite o início das obras.

"A grande questão dessa licença, e até a demora, tem relação com a condição do Rio Sangão. É inimaginável isso, mas há tempos se usava a pirita para recapar as estradas e fazer a pavimentação, então, o grande problema dessa obra é o material, resíduo de carvão, que tem ali", afirma Zanette.

O Rio Sangão passa pelos municípios de Forquilhinha, Criciúma e Maracajá. A licença permite o dessassoreamento completo. "É uma obra que vai constar toda a retirada do material. A questão ambiental vai melhorar muito, haverá locais de transbordo e depósito. É um trabalho complexo e com uma extensão grande", detalha o coordenador regional do IMA.

Um dos maiores desafios durante a elaboração do projeto e da licença foi encontrar a destinação correta para os rejeitos que estão no Rio Sangão. Zanette explica que devido à especificidade da obra, foi necessário que o órgão estadual tivesse a anuência do Ministério Público Federal (MPF).

"O rejeito será levado a um depósito de transbordo próximo ao Rio Sangão, porque se a gente tiver que enviar direto para um aterro sanitário, o peso seria muito maior pela questão da água. Então, ele vai para um local provisório, para a retirada desse líquido, depois, terá que ser direcionado a um local definitivo", finaliza.

Serão oito quilômetros de extensão de desassoreamento e 200 mil metros cúbicos de rejeitos retirados do Rio Sangão. O investimento deve chegar a R$ 7 milhões.