O prefeito de Chapecó está muito animado para confirmar candidatura ao Governo do Estado, desde que seu vice seja o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), de Criciúma. "Nem eu estava convencido a renunciar à prefeitura para disputar uma eleição, mas depois que todas as entidades de Chapecó me chamaram para hipotecar apoio, e quando souberam da possibilidade de eu e Clésio estarmos juntos, o setor produtivo ficou muito animado", afirmou João Rodrigues (PSD), em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta sexta-feira (25), na Rádio Som Maior.

Rodrigues confirmou que estará reunido com Salvaro na tarde desta sexta, em Chapecó, para tratar do assunto. "O que podemos apresentar para Santa Catarina, eu e Clésio, são experiências que deram certo, uma forma diferente de fazer político. O Clésio é um grande líder que vai ser governador, vai ser senador, terá uma carreira maravilhosa pela frente, e eu também", registrou. "Quando unimos Oeste e Sul, e não é bairrismo, é experiência, e não podemos negar para o Estado um projeto diferente", emendou.

"Quero dizer ao Clésio, já que somos amigos, se ele por ventura aceitar o desafio, Santa Catarina terá dois governadores. Quanto mais foice, maior o roçado. Teremos uma bela eleição e um grande mandato que vai honrar o nosso Estado", sublinhou Rodrigues, que está otimista em relação a prazos. Afinal, ele e Salvaro têm até sábado da semana que vem (2) para renunciar às prefeituras de Chapecó e Criciúma. "O que me impressiona nesse cenário todo é que os personagens são diferentes, dos partidos que conversamos não teve nenhum que colocou óbice, ninguém pediu nada. Todos disseram, Clésio e João, vocês precisam colocar seus nomes", apontou.

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"Só vou se for com o Clésio"

Rodrigues observou o quanto difícil é tomar a decisão no caso dele, que está em primeiro ano de mandato na prefeitura de Chapecó. "Quando a coisa é para dar certo, é para dar. Acho que conseguimos definir isso hoje, amanhã, por isso eu e Clésio estaremos juntos. Não é fácil o Clésio renunciar à prefeitura, pois ele é apegado ao que faz. Mas não é fácil para mim renunciar em Chapecó com R$ 700 milhões de obras em andamento, e eu fui eleito com a palavra de que não renunciaria. Eu só estou fazendo isso com o aval da população. E eu condicionei, só serei candidato se for com o Clésio Salvaro", 

Ele salientou a confiança que tem em Salvaro para a parceria. "Eu sei com quem estou e sei com quem andarei, e sei que a pessoa com quem estarei nos dará o direito de fazer um projeto futuro", frisou.

Luciano Hang junto

João Rodrigues salientou que tem a palavra do empresário Luciano Hang para ser o candidato a senador da chapa caso João e Salvaro sejam os candidatos a governador e vice. "Essa é a palavra que ele me deu. O Luciano vê em Clésio e no meu nome o novo para Santa Catarina. Não é desprezar os bons e velhos políticos que prestaram seus serviços ao estado. Não podemos desqualificar a história de Luiz Henrique, Esperidião Amin, todos contribuíram, mas temos um fato novo agora", destacou.

"Eu tenho a minha capacidade de gestão, o Clésio também, ou você vai com quem? O que queremos para amanhã? Se Clésio fez por Criciúma fará mais por Santa Catarina. Se eu fiz por Chapecó, farei mais por Santa Catarina. Nunca tivemos no cenário eleitoral algo dessa forma", apontou Rodrigues. "E ter junto um ativista político do porte de Luciano Hang, que se expõe da forma como se expõe, essa triangulação talvez não ocorra mais. A minha decisão de renunciar é mais difícil que o Clésio, se o Clésio topar, eu estou nessa", emendou. "A vida da gente só vale pela trajetória, essa parte da história eu também quero participar", referiu.

O apoio de Bolsonaro

Embora não seja do mesmo partido de Jair Bolsonaro, e que a sigla do presidente tenha a candidatura encaminhada do senador Jorginho Mello ao Governo do Estado, João Rodrigues garante parceria para a reeleição do presidente. "Acima de tudo, o eleitor de Santa Catarina, não é por eu ser bolsonarista e amigo do presidente, isso não me dá o título de governador e não me torna um homem melhor, me torna um homem que tem lado. O eleitor terá que olhar além do horizonte, além de apoiar Bolsonaro, quem é João Rodrigues? Por que ele merece voto? Temos que parar com o paradigma de votar somente na sigla, eu e Clésio queremos o voto na nossa história", comentou. "Apoiar o Bolsonaro é uma opção nossa", frisou.

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Rodrigues advertiu que "se o presidente depender só dos votos do PL, ele não vai para o segundo turno. Ele precisa de voto suprapartidário. A maior conquista não é o voto de quem se filiou ontem no PL, a maior conquista é o voto de todos". E citou o caso do seu partido, que deverá ter outro candidato a presidente que não Bolsonaro. "O PSD nacional deverá ter um candidato qualquer, mas eu não o apoiarei, eu apoio o Bolsonaro, o meu palanque é do Bolsonaro e os partidos que entenderem em nos acompanhar, estaremos juntos. Mas isso não é o fator determinante. O determinante será João Rodrigues e Clésio Salvaro", destacou.

Ouça a entrevista de João Rodrigues no podcast: