Um senhor, de 68 anos, sentiu dores nas costas e foi até a UPA da Próspera. Recebeu uma injeção para que o problema se encerrasse. A aplicação teria sido feita de maneira errada. A história começou no dia 5 de novembro, após idas e vindas ao Hospital São José, Laurídio Machado morreu na terça-feira (20). Seu vizinho, Carlos Fernando Tancredo fez um Boletim de Ocorrências e comentou o assunto no Programa Adelor Lessa.

“Ele era um cara bem trabalhador, trabalhava de guarda na Afasc. Um dia ele sentiu uma dor nas costas, pensou que fosse nervo ciático. Pediu para o filho levar no pronto socorro e foi aplicada uma injeção, na hora gritou e disse que doeu. O enfermeiro contou que era doída mesmo, quando chegou em casa a perna ficou doendo”, lembrou.

De acordo com a versão apresentada por Tancredo, demorou para que Laurídio soubesse da aplicação errada da injeção. “No outro dia voltou ao pronto socorro, o médico disse que era normal e que melhoraria com antibiótico. Ele voltou algumas vezes ao hospital. Acabou não resistindo e teve uma parada cardíaca. O médico informou que a injeção foi aplicada no nervo”, afirmou.

O enfermeiro coordenador da UPA, Fabiano Ribeiro Teixeira, garantiu que a unidade ainda não foi procurada pela família de Laurídio. Disse que ficou sabendo do caso por uma pessoa que trabalha no Hospital São José. Contou ainda que já está preparado para quando for necessário apresentar os documentos.

“Estamos com o prontuário em mãos. Tem algumas divergências ali. Vamos aguardar o pedido legal. A princípio ele também fez medicações fora da UPA. Estamos aberto a família, para pegar informações. O prontuário é eletrônico e não tem como modificar. A questão de uma injeção intramuscular levar a óbito é algo para investigar”, afirmou.