A Festa da Gastronomia vai crescer. A 15ª edição, realizada de quinta-feira até este domingo em Nova Veneza, rendeu números tão expressivos - 120 mil visitantes - que a prefeitura, realizadora do evento, quer aumentar o tempo de duração. "Vamos ampliar. A ideia é fazer ela em dois finais de semana, começar em uma sexta, dar sequência durante a semana, praticamente duas semanas de festa. É a ideia", confirma o prefeito Rogério Frigo.

Os números ainda estão sendo fechados, mas essa edição injetou R$ 2 milhões na economia de Nova Veneza. "Isso somente no comércio do pavilhão, sem contar os resultados dos restaurantes pelo município, que são particulares", pondera. Frigo recebeu, nesta segunda-feira, 24, a visita do proprietário do Santuário do Aguaí que, somente na última quinta-feira, 20, o primeiro dia da festa, serviu 500 almoços e 600 cafés. "Todos os restaurantes tiveram ótimos resultados", comemora.

Prefeitura investiu R$ 500 mil

Frigo justifica o tamanho do investimento que a prefeitura faz e o resultado que gera para estender a festa. "Esse ano a prefeitura investiu em torno de R$ 500 mil, tivemos alguns patrocínios, e montamos uma estrutura muito grande no pavilhão, que pode continuar ali por mais tempo atendendo a um evento maior sem aumentar tanto o custo e oferecendo ainda mais dias. Estamos tendo essa ideia pela grande quantidade de pedidos recebidos para aumentar a festa", detalha o prefeito.

Para rechear uma programação ampliada, entre as ideias está a melhor distribuição do calendário cultural. "O Carnevale, por exemplo, que recebeu 50 mil pessoas em uma noite, poderá ser feito em duas noites, dois sábados, fracionando o desfile em dois", especula Frigo. "Estudamos também dar mais ênfase a outros eventos, como lançamentos de livros e atrações culturais, que acabam espremidas em uma programação curta", analisa.

Com mais noites de festa, a oferta gastronômica também poderá dar conta da demanda. "Não precisa tudo funcionar todos os dias no pavilhão, já que os restaurantes estarão normalmente abertos no período", aponta Frigo. "Quem quiser trabalhar no pavilhão todo dia, ótimo. Vamos discutir tudo isso, levar para o Conselho de Cultura e as entidades, ver se todo mundo aprova", emenda.

Uma das preocupações da Festa da Gastronomia é com estacionamento. "Muitos terrenos baldios acabam servindo para isso, a pessoa abre, aluga. Tem exploração por gente não autorizada também, temos que controlar isso. E já pensamos em criar estacionamentos mais distantes, no Caravaggio por exemplo, e montar um sistema de vans para levar e trazer os visitantes. Vamos analisar essa possibilidade", afirma.

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Análise dos ganhos

Frigo lembra que, dos R$ 2 milhões movimentados, todo o resultado deve ficar em Nova Veneza. "É que exigimos dos que venderam aqui que fosse de Nova Veneza, ninguém de fora. Tinha entidades que pegavam espaços e terceirizavam, não aceitamos isso. A entidade tinha que pegar o espaço e tocar o negócio", revela. "Queremos que esse dinheiro gire dentro do município", completa. 

Além dos restaurantes "que venderam tudo" segundo o prefeito, o comércio de rua também teve excelentes resultados. "O comércio, que nunca teve êxito nessa época pois não acreditavam na festa, não abria no fim de semana, estão todos satisfeitos. Agora eles abriram, vieram com tudo, com decoração nas lojas, abertos no sábado à tarde e à noite, no domingo durante o dia, todos perceberam que valeu a pena", analisa o prefeito.