Entre fevereiro e março de 2018 os estoques privados de arroz, em casca e beneficiado, alcançaram 690 mil toneladas. O volume corresponde a um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo levou em conta as unidades armazenadoras e indústrias de beneficiamento localizadas nos maiores Estados produtores do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso, que juntos concentram 85% da produção nacional.

Recentemente, o produto passou a ser exportado, o que nunca houve antes na região Sul de Santa Catarina, o que trouxe muitas vantagens para o agricultor. Consequentemente, isso poderá salvar muitas perdas das atividades do grupo produtor este ano.

“O produtor rural aqui do Sul de Santa Catarina e alguns catarinense que foram trabalhar no Rio Grande do Sul, estão contentes com o segundo navio que está encostando agora com o carregamento de mais de 600 mil sacas do arroz em casca. Porque o custo de produção de um saco de arroz está em torno de não menos do que R$ 36. E antes destas exportações, estavam trabalhando com em torno de R$ 32. Então, com isso, esperamos que até o fim do ano o preço do arroz em casca suba um pouco mais para que o produtor possa trabalhar com o mínimo de lucro em cima da saca”, afirmou Otávio Feldmann, corretor de cereais.

Segundo Feldmann, se o arroz exportado fosse beneficiado ajudaria a indústria regional. “A nossa região tem as maiores indústrias do país como Realengo, como Urbano, Rampinelli Alimentos, Panelaço Alimentos que beneficiam arroz e distribuem pelo país de norte a sul. Inclusive para outros país. Então, agora estamos felizes com os subprodutos que são feitos de arroz. Há 20 anos produzíamos 80 sacos por hectare e agora produzimos 180. A oferta e procura está deixando o produto com preço abaixo do custo, dificultando a vida do produtor”, afirmou.

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