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Estudantes catarinenses precisam colocar a mão na massa

Acadêmicos de engenharias acabam desistindo devido aos poucos problemas reais que enfrentam nas aulas
Por Redação Criciúma - SC, 30/09/2018 - 18:39
(foto: divulgação)
(foto: divulgação)

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Catorze mil estudantes iniciaram um curso de engenharia em Santa Catarina em 2017. Porém mais de 5 mil e quinhentos decidiram abandonar o curso. As informações são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP.

O professor de engenharia mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Walter Antônio Bazzo, acredita que a ‘escola de engenharia’ ainda entrega poucos problemas reais para que os estudantes resolvam. Por isso, é necessário ter mais prática e modelar novos formatos de aula para os alunos.

“Eu acho que nós deveríamos ter mais quantidade, e não sei se mais qualidade na questão técnica. Mas, mais qualidade na questão de termos engenheiros que consigam prever ou consigam verificar quais são os problemas que nós temos na sociedade contemporânea”

O grande número de desistências do curso não é registrado apenas em Santa Catarina. De acordo com o estudo “Ensino de Engenharia: Fortalecimento e Modernização” da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, a baixa qualidade do ensino fundamental e médio no Brasil causa impacto no desempenho dos estudantes que cursam ensino superior em todo o país.

A diretora de inovação da CNI e superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Gianna Sagazio, explica que o mundo tem mudado de forma acelerada, e por isso, é importante preparar bem futuros engenheiros para que eles acompanhem o ritmo da indústria.

“Se não tivermos engenheiros e engenheiras preparados para os impactos dessa revolução digital, não conseguiremos ser competitivos e nem gerar qualidade de vida para a nossa população.”

O estudo da CNI, que faz parte de uma série de propostas que foram entregues aos presidenciáveis, neste ano, mostra que o Brasil forma menos engenheiros do que realmente precisa para se desenvolver economicamente.

Por isso, o estudo sugere que ocorra uma modernização nos currículos do curso e estimula o ensino técnico para que os estudantes já entrem na faculdade com conhecimento de base. Enquanto Coreia, Rússia, Finlândia e Áustria registram números de 20 engenheiros para cada 10 mil pessoas, o Brasil conta com cerca de cinco graduados para o mesmo número de pessoas.

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