Após completar um mês da chegada do coronavírus no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta fez um balanço de como o país vem se portando diante a pandemia. Segundo ele, a taxa de ocupação nas UTIs no Brasil reduziu de 30% até 50%. O principal motivo é que com a parada, ocorreram menos acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motos. "Essa é mais uma razão porque paramos, diminui os acidentes e sobram os leitos ocupados pelos traumas", explicou Mandetta.

De acordo com o ministro da Saúde, o principal problema hoje é a aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual, que são fabricados, principalmente, na China. "Estamos enfrentando uma dificuldade muito grande para adquirir os EPIs para os médicos e enfermeiros. Eles são o grande objeto de aquisição no mundo hoje. A China voltou a produzir a pouco, mas o mundo todo está requisitando", contou o ministro. 

Mandetta afirmou que não é hora de liberar para sair as ruas deliberadamente e ainda criticou quem esta comparando o coronavírus com o vírus H1N1. "Hoje está cheio de professor de epidemiologia, de fazedores de cálculos. Essa epidemia é completamente diferente da H1N1, havia uma diferença enorme, havia um medicamento que todo mundo tinha na mão, havia uma perspectiva de vacina pois ela era da mesma classe da Influenza", criticou o ministro da Saúde. 

Ele ainda afirmou que o vírus em si não é o problema, mas sim a superlotação dos hospitais. "Não há receita de bolo. Quem raciocinar pensando essa [H1N1] aqui foi assim, vai errar feito. Essa [coronavírus] não é assim, não causa uma letalidade. A conta é que o vírus ataca o sistema de saúde, a sociedade como um todo, a logística, educação, economia, ele ataca uma serie de estruturas no mundo", alertou.