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“Esperava que o Moro me pedisse desculpas”, diz Lula em entrevista a Adelor Lessa

Programa foi ao ar na manhã desta sexta-feira (28); Ex-presidente não descarta possibilidade de nova candidatura
Por Clara Floriano Criciúma - SC, 28/07/2017 - 12:02 Atualizado em 28/07/2017 - 12:10

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Na manhã desta sexta-feira (28), o ex-presidente Luís Inácio Lula concedeu entrevista ao programa Adelor Lessa. Foi a primeira entrevista de a uma rádio catarinense desde que saiu da presidência da república.

“Quero dar um abraço ao povo de Criciúma que fui a primeira vez em 78. Tive uma relação com os sindicalistas do município, minha relação é extraordinária com os trabalhadores de Santa Catarina e de Criciúma”, contou o ex-presidente.

Possível Candidatura

Lula deixou claro que não descartou a possibilidade de candidatar-se à presidência da república em 2018. “Eu vou fazer campanha para o PT sendo candidato ou não. Eu não estou convencido (que vai se candidatar) porque primeiro tenho que passar pelo PT, depois temos que construir as alianças com partidos de esquerda, depois tem os que ver a realidade de cada estado”, contou.

Lula disse que pesquisas mostram que, caso se candidate, tem grandes possibilidades de ganhar. “Tenho noção que é possível fazer o brasil votar a cresce. É um país que tem tudo pra dar certo, mas tem que ser governado por gente que gosta do povo. Sempre que foi governado por gente que tem complexo de vira-lata e que não gosta do povo o país não foi pra frente”, afirmou.

O ex-presidente esclareceu que está ciente de que terá que lidar com crise econômica pela qual o país passa. “Tem que fazer a economia voltar a crescer, e o dinheiro circular nesse país. Precisamos ter uma política de inclusão aos povos”, explicou.

Caso seja eleito, Lula quer “Quero governar esse país como um coração de mãe. Pra esse país dar certo você tem que olhar pra quem mais necessita”, declarou.

Sobre o Partido do Trabalhador

Quando questionado sobre a queda de popularidade do Partido do Trabalhador Lula disparou: “Qual partido resistiria ao massacre que o PT tem sofrido?”. Ainda assim, para o ex-presidente o partido é um dos preferidos entre os eleitores.

“Qualquer pesquisa que for feita o PT vai ter, na pior das hipóteses, 18% e vai ser um dos principais. Eles não conseguiram destruir o PT e nem o lula. O PT não é uma pessoa, não é o Lula, são milhões e milhões de pessoas que perceberam que o Brasil pode ser uma país melhor”, declarou.

Viagem

O ex-presidente disse que pretende iniciar uma série de viagens por estados do país. “Vou começar pela Bahia e terminar no Maranhão, serão 10 estados. Possivelmente irei a Santa Catarina porque pretendo fazer uma caravana no Sul, quero viajar ao país de ônibus, carro e outros meios”, detalhou.

Lula já teve uma experiência semelhante em 1992. “Agora já tenho mais experiência. Quero conversar com o povo para sentir alma do Brasil”, disse.

Lava Jato

Para Lula, os processos contra ele na Operação Lava Jato tem por objetivo prejudicar sua candidatura. O ex-presidente acredita que não existem evidencias que possam comprovar as acusações.

“Eu estou à vontade, não tem o que temer. Os desafio a apresentar uma prova real. Estou tranquilo e ciente de que não cometi nenhum crime. Se eles querem que eu não me candidate essa não é a melhor forma, devem arrumar um candidato bom que possa me ganhar e não fazer isso”, afirmou.

O ex-presidente disse que incomoda os adversários e que por isso acusações são feitas contra ele.

“Não ter conta na Suíça é a certeza da minha honestidade. Eu não depositei na Suíça, depositei no Banco do Brasil. Esperava que o Moro me absolvesse e me pedisse desculpas. Por que já provei minha inocência. Quem ajudou a construir um partido como PT e quem ajudou esse país não deve ficar passando por isso”, declarou.

Sobre temer

Para Lula o presidente Michel Temer tem força política no congresso, mas que não agrada aos eleitores. “Eu acho que o Temer não deveria estar na presidência porque ele é resultado de um golpe. O Brasil precisa de governantes que tentam resolver os problemas financeiros e não que vão prejudicar os aposentados e trabalhadores”, esclarece.

 

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