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Empresário catarinense contesta bloqueio de contas durante investigação da compra dos respiradores

Gustavo Bissacotti Steglich fez negócios posteriormente com a Veigamed e diz ter acatado orientações do Estado na suspensão da venda de testes à empresa carioca
Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 18/06/2020 - 12:39

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O empresário Gustavo Bissacotti Steglich, sócio da Oltramed, empresa de Joinville que fez negócios com a Veigamed após a empresa carioca receber os R$ 33 milhões do governo do Estado na venda dos respiradores, reclamou em depoimento à CPI dos Respiradores sobre a ação de investigação da força tarefa catarinense.

A Oltramed vendeu R$ 11 milhões em 100 mil testes para a Covid-19 para a Veigamed. Esse valor foi pago com o dinheiro arrecadado pela Veigamed junto ao Estado, na venda dos respiradores fantasma. Gustavo contou que no dia 1º de maio foi chamado a depor na Deic em Joinville.

Ao delegado Jeferson Alessandro Prado Costa, Gustavo prontificou-se a suspender a entrega dos testes rápidos, que saíam de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro. "Conseguimos fazer com que os equipamentos voltassem. Antes de qualquer pedido de bloqueio (do valor), no dia seguinte, peticionamos um pedido de conta judicial para depositar os valores. Até pensamos em depositar os valores menos os impostos, de R$ 3 milhões. Ficamos dois dias pedindo para a PGE, MP e delegado, que viesse a conta para fazer o depósito judicial, mesmo entendendo que depois eu teria dificuldades de recuperar os R$ 3 milhões", alegou Gustavo.

Segundo ele, enquanto fazia o tramite para entrega da verba, que teria se disponibilizado a fazer, ele sofreu interferências do poder público em suas contas. "Antes do bloqueio dos valores existiu uma petição nossa colocando os valores à disposição", disse Gustavo.

"Em três processos diferentes eu tive três bloqueios de conta sucessivamente, na qual foi bloqueado um valor muito superior aos R$ 11 milhões. Fiquei três semanas impossibilitado de fazer negócios, fato que meus advogados peticionaram que existe uma atitude de abuso de poder. Minha empresa fez um negócio legal e se colocou à disposição para devolução do valor", completou o empresário.

Gustavo ressaltou que não fez negócios com governos estaduais e vendia os equipamentos que importava a outras empresas no Brasil. Após a não entrega dos testes à Veigamed, ele conta que recebeu incessantemente tentativa de contato dos representantes da empresa, mas que eles sumiram após a Deic emitir documento aconselhando a Oltramed e suspender a venda. 

"A relação da minha empresa com a Veigamed se restringe a um único negócio. Ela fez uma tentativa de compra de testes de Covid-19, que minha empresa fez a exportação legalmente. Eles entraram em contato conosco, a venda estava em andamento. Recebi os valores e emiti as notas, fiz o pagamento dos impostos. O caminhão foi carregado e a venda seria concluída com a entrega dos testes. Porém, entre a saída dos produtos e a entrega, estourou o escândalo e eu cancelei o caminhão e coloquei à disposição do governo os testes. Até o momento não recebi de volta os impostos pagos pela venda que não foi efetivada", detalhou Gustavo.

O segundo depoimento da CPI dos Respiradores nessa quinta-feira, 18, seria do empresário Samuel de Brito Rodovalho, empresário em São Paulo e residente em Florianópolis, que alega ter recebido pedidos de propina em venda de equipamentos ao Estado. Porém, como estava em chamada de vídeo no escritório dos advogados em Florianópolis, a CPI aprovou requerimento para que o depoimento seja feito outro dia presencialmente.

Tags: respiradores

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