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Eleições 2020

Eles querem comandar a cidade: Dr. Allison Pires

O jovem médico que planeja uma gestão focada na saúde, desenvolvimento e mobilidade urbana, afasta hipótese de ser vice
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 02/09/2020 - 17:35 Atualizado em 02/09/2020 - 17:39
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Ele é médico, tem 41 anos e nasceu em Antônio Olinto, no sul do Paraná. Chegou em Criciúma em 2009, sete anos depois quase elegeu-se vereador e agora tenta ser prefeito. Dr. Allison Pires é o pré-candidato do Partido Social Liberal (PSL) à prefeitura.

A pré-campanha corre em paralelo a um momento pessoal bastante especial: sua esposa Adriana, com quem é casado há 20 anos, está grávida de quatro meses. Será o segundo do casal, que já tem um filho de 18 anos.

"A minha esposa veio estudar na Unesc em 2009, daí viemos para Criciúma. Sou formado médico há 16 anos", conta Allison, que graduou-se em Medicina no Equador. "Validei meu diploma na Universidade Federal de Santa Catarina", refere. Allison tem formação em clínica médica e geriatria, com mestrado em Ciências da Saúde. É professor do curso de Medicina da Unesc desde 2003.

Embora jovem na cidade, tentou, há quatro anos, ser vereador. E chegou muito perto. Com 1.666 votos pelo PSDB ocupou a segunda suplência, o que o fez ser chamado algumas vezes para ocupar cadeira no Legislativo, a mais recente oportunidade em outubro. Por projetos opostos em relação ao partido do prefeito Clésio Salvaro, migrou para o PSL, segunda filiação da sua vida, em março.

"Sou candidato"

A candidatura de Allison Pires vem sendo questionada nos últimos dias. Ocorre que especula-se uma aproximação que possa fazer o PSL indicar o vice de uma provável chapa encabeçada pelo deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), fiel alido do governador Carlos Moisés na Assembleia Legislativa (Alesc).

"Esse esclarecimento vem a calhar. Tem sido ventilada uma possível aliança, que daríamos o vice. Tudo isso jamais passou pela Executiva Municipal, ninguém nos procurou, nem a Estadual. A conversa que tivemos com a Estadual quando do lançamento da minha pré-candidatura é que teríamos total apoio da Executiva", afirma. "E vamos fazer uma campanha bonita, propositiva e para a cidade. Estamos como antes, pré-candidato, e alguns partidos vieram falar conosco sobre aliança, mas nada sobre abrir mão da cabeça de chapa", assegura.

O PSL tem convenção municipal marcada para o dia 12, para homologar a candidatura de Allison Pires e dos concorrentes à Câmara. "Temos algumas conversas com partidos visando a indicação do vice. Existe a possibilidade de chapa pura, embora o nosso desejo seja unir forças pelo mesmo projeto", aponta.

E o governo Moisés

A expectativa é que uma candidatura do PSL vá ser, em Criciúma, forte defensora do governo de Carlos Moisés. "O governador Moisés está passando por muitas dificuldades do ponto de vista político por causa das denúncias de impeachment protocoladas e em andamento, também a questão das investigações da fatídica compra dos respiradores, mas o governo Moisés também tem seus méritos quando olhamos números", frisa. "Desde a dívida de R$ 1,2 bi até o superávit, em um ano de governo, podemos investir com recursos próprios. Tudo isso deve ser levado em consideração", elogia.

Allison reconhece que Carlos Moisés teve dificuldades de interlocução política "principalmente por optar em fazer um governo mais técnico". "O governo tem tido bons encaminhamentos, bons números, ótimos números", relata.

Mas o pré-candidato entende que a sua posição é muito mais de foco local do que estadual, na relação com o PSL. "A candidatura nossa, como brotou da base do partido, em que pese o partido ter dois deputados eleitos na cidade, um federal e um estadual, o partido em si, em termos de negativas do TRE, ele não existia na cidade, não havia organização partidária. Nós montamos desde a base, Executiva, filiação de novos membros, busca de candidatos, temos uma nominata invejável de 28 pré-candidatos, com reais possibilidades. Temos os deputados eleitos na cidade o partido não existia na cidade", lembra.

Allison aclamado candidato pelos pré-candidatos do PSL à Câmara em reunião nesta semana

Ele conta que o PSL só foi plenamente regularizado em Criciúma faz poucos dias. "As regularizações estavam sendo feitas e foram concluídas faz menos de duas semanas, conseguimos todas as certidões negativas, abrimos as contas. Um partido que renasceu a partir desse ano, a minha pré-candidatura brotou dos recém filiados, dos pré-candidatos, é uma candidatura bem raiz, brotada de Criciúma, não veio nada imposto de cima. Ou seja, nosso trabalho é um pouco mais independente do próprio governo", destaca.

Ainda assim, Allison garante que não se furtará de defender ações do governo Moisés. "Vou me posicionar de forma serena e justa, com transparência e justiça, não vamos maquiar nada nem passar a mão sobre o que estava errado", fala.

Mas o pré-candidato entende que não deverá contar com Carlos Moisés em sua campanha. "Como ele está passando por um momento delicado, do ponto de vista político, talvez ele não tenha tanto tempo disponível. Mas certamente, por Criciúma ser um dos maiores colégios eleitorais do Estado, ele vai querer fazer parte", observa. Allison conta que, depois de lançado pré-candidato, não teve qualquer contato pessoal com o governador. "Não, só quando eu não era pré-candidato, mas na época também o governo não estava nessas dificuldades", ressalta.

Plano de governo pronto

Allison Pires já tem um plano de governo preparado. "Está impresso e na minha cabeceira", conta, citando o consultor Célio Bolan como seu guru. "Ele é o coordenador técnico e científico do plano, é amigo meu e tudo passou pelas mãos dele", refere. "Tive contatos com médicos para elaborar o plano na saúde, intelectuais da Unesc ajudaram na mobilidade urbana e nas políticas de desenvolvimento", detalha.

O pré-candidato adianta que a saúde é um dos pilares do seu plano para Criciúma. "O próprio 4oito divulgou, faz pouco, uma pesquisa que aponta que mais de 50% dos criciumenses pesquisados dizem que a saúde precisa melhorar", cita. "Eu não vou fugir disso. Temos que melhorar a logística, usar inteligência artificial para agendar consultas e otimizar recursos, melhorando a resolutividade", comenta. 

Outro pilar do plano de Allison e do PSL é o desenvolvimento sócioeconômico. "A cidade está estagnada faz tempo, os números do Caged mostram. A região da Amrec teve saldo positivo porém Criciúma teve um saldo negativo de mais de 200 empregos", menciona. 

O plano de Allison aponta, ainda, a criação da Secretaria de Desenvolvimento Sócioeconômico. "Ela será formada por pessoas do meio empresarial. Minha ideia é colocar um secretário ligado ao meio empresarial e que seja voluntário, para colocar Criciúma debaixo do braço e vender a cidade", adianta. 

Um dos projetos é investir no Porto Seco. "Temos 43 terrenos ali que, quando ocupados, poderão gerar 3,2 mil empregos", aponta. "E não podemos nos isolar da região, temos que desenvolver em conjunto", emenda.

A mobilidade urbana terá uma atenção especial também. "Está difícil andar em Criciúma. E temos que atentar às ciclovias. Já conversei com o professor Márcio Vitto, da Unesc, temos um projeto pronto para uma ciclovia, da Próspera até a Unesc, muito bacana. E vamos em busca de obras estruturantes para melhorar a mobilidade", diz.

Oposição a Salvaro

"Nossa proposta é fazer uma alternativa propositiva para a cidade", aponta Allison, quando questionado sobre a postura de oposição ao governo Salvaro. 

"A questão da gestão atual, sabemos que o prefeito já esteve na campanha de 2004, 2008, 2012, 2016 e agora 2020, está indo para a quinta campanha seguida para prefeito, nesse sentido é muito salutar que haja uma alternância, uma renovação na gestão pública e no Executivo", afirma. "Lógico que faremos uma campanha de oposição, mas oposição racional e propositiva, não oposição por oposição", emenda.

O pré-candidato do PSL fala em "reinvenção da cidade" dentro das propostas que apresentará. "Irei demonstrar com o plano de governo, temos condições de reinventar a cidade para melhorar os pontos que elencamos no plano de governo", finaliza.

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