A menos de duas semanas das eleições, os candidatos estão focados em seus objetivos de reta final de campanha. Na manhã desta quarta-feira (21), na Rádio Som Maior, os nomes que concorrem ao Governo de Santa Catarina falaram sobre suas expectativas, compromissos da agenda e os números mais recentes das pesquisas. Dentre eles, Jorginho Mello (PL) optou por não conceder entrevista. 

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O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), esteve no Planalto Norte do Estado durante a semana e, nesta quarta-feira, cumpre agenda em Palhoça. O político comenta o levantamento divulgado ontem pela NSC, cujo resultado apresenta empate junto a outro concorrente.

"Uma pesquisa como essa, que apresenta margem de erro de 3%, a gente mantém os 23% da pesquisa anterior. É certo afirmar isso. A mudança de intenção de voto se deu entre eleitores de outros candidatos ou até dos que iam votar branco e nulo. Há um eleitorado fiel que vai nos levar para o segundo turno", ressalta. 

Décio Lima (PT), candidato a governador de Santa Catarina, na reta final da campanha, deve focar em ações na Grande Florianópolis e no Vale do Itajaí, mas, também, cumprirá agenda no Oeste do Estado. Não há previsão de visitas ao Sul, pelo menos, até esta quarta-feira (21)

"Vamos trabalhar até os 45 minutos do segundo tempo. Tenho plena convicção que vamos ter um voto casado, porque aqueles que votam no presidente Lula, não vão escolher um governador do Bolsonaro. As pesquisas que eu tenho internamente já verificam, claramente, que nós, com essa musculatura, estaremos no segundo turno das eleições", detalha Lima. 

Hoje, Esperidião Amin (PP), postulante ao cargo de governador de Santa Catarina, visita as cidades de Blumenau, Ilhota, Gaspar, Indaial e Timbó, junto seu candidato a vice, Dalírio Beber. O ritmo final da campanha deve ser baseado em outras agendas pelas regiões catarinenses.  

"O foco é a comparação. Embolou. Embolou em primeiro lugar. Temos quatro candidatos embolados. Nós vamos fazer a comparação, não só dos planos de governo, mas quem são e quais as experiências [dos candidatos]. Vamos comparar. Comparação é o que se faz quando se vai comprar ou escolher o mandatário do estado. Não é repetir o número do candidato a presidente", comenta Amin.

O candidato ao Governo do Estado, Gean Loureiro (UB), está, nesta semana, no Norte de Santa Catarina. Na reta final da campanha, o político deve vir ao Sul na próxima quarta-feira, durante um evento organizado pela coligação em que faz parte, com a presença dos postulantes aos cargos de deputado federal e estadual.  

"Estamos animados com as pesquisas e mantendo o ritmo percorrendo diversos lugares. Temos uma estrutura montada, com o nosso planejamento, em todas as regiões. Neste fim de semana, vamos ter caminhado em várias cidades, com bandeiraço, panfletagem, mobilização e articulação de casa em casa. Eu, particularmente, estou me dividindo com o Raimundo Colombo e com Eron Giordani", comenta Loureiro. 

Jorge Boeira (PDT) deve percorrer, ao longo dos últimos dias de campanha, algumas cidades de Santa Catarina, entre elas, Florianópolis, Blumenau e Chapecó. Segundo o candidato, a reta final deve ser semelhante ao que foi construído até agora pela coligação, pautando-se em visitas em várias regiões.

"Nós estamos viajando o Estado de Santa Catarina todo, fazendo agendas e conversando com lideranças e eleitores. Ontem, estive em Joinville, Itajaí e Florianópolis. Hoje, estou em Blumenau e, amanhã, em Chapecó. Daqui para frente, assim como em todo esse período de campanha, estamos visitando todas as regiões e identificando o sentimento dos catarinenses", frisa Boeira.

Depois de rodar 23 mil quilômetros de estrada pelo Estado, o candidato Odair Tramontin (Novo) pretende concentrar a próxima etapa da campanha na região do Vale do Itajaí e na região Norte de SC.

"Nós estamos muito animados. A recepção está muito acima da média daquilo que nós imaginávamos. O meu time está bem motivado. O pessoal está no semáforo. Eu estou aqui em Blumenau, mesmo com chuvisco, fazendo entrega do nosso material. É o jeito Novo de fazer política", explica. "Quanto às pesquisas, eu fico decepcionado, porque elas não representam a realidade", comenta. 

De acordo com o candidato Ralf Zimmer (PROS), o momento é de 'aumentar o tom' da campanha em todo o Estado e mostrar ao eleitor as diferenças entre os nomes que concorrem à eleição.

"Nas pesquisas, se analisar bem, tem três cenários possíveis e não dá para fugir disso. Ou o eleitor está oscilando muito, ou a pesquisa é mal feita ou é comprada. Porque os números não batem", afirma. "O que define eleição é o voto. Vamos lutar até o último dia, dentro das limitações legais, para que tenhamos êxito. É um cenário aberto", conclui.