Impasses relacionados às desapropriações paralisaram o andamento das obras de duplicação da SC-108 e da construção do Anel de Contorno Viário em Cocal do Sul. Ao todo, são 16 quilômetros de extensão. O valor de investimento previsto inicialmente foi de R$ 224 milhões. Uma área de aproximadamente 57 hectares terá de ser desapropriada.

"Desses, 9,5 quilômetros são de uma rodovia nova, duplicada, que é o contorno de Cocal. Nesse trecho, não foram colocados os valores, a parte financeira e jurídica inicial das desapropriações. É um ponto que já deu uma travada. Serão desapropriados, para fazer esses 9,5 quilômetros, 570 mil metros quadrados", explicou o coordenador regional da Infraestrutura, Ademir Honorato.

A obra está dividida em trechos. O primeiro começa em Criciúma e vai até o início do Anel de Contorno Viário de Cocal do Sul. O segundo corresponde ao próprio contorno. Por fim, o terceiro trecho sai do Anel e vai até Urussanga. De acordo com o coordenador regional, serão extraídos materiais do trecho 2 para serem realizadas as demais partes do projeto.

Contudo, enquanto não forem feitas as desapropriações, as máquinas não podem trabalhar. "Acredito que logo teremos boas notícias. Parou o processo físico de trabalho na rodovia, mas a parte jurídica, técnica, engenharia e política não pararam", conclui Honorato.

De acordo com o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Faveri, foram sugeridas alterações no projeto a fim de solucionar problemas de mobilidade. As questões foram repassadas ao Governo do Estado e o Município sugeriu que, para não paralisar, os trabalhos fossem divididos em etapas.

"O próximo passo é o município juntar suas lideranças e associações. Mas a região precisa entender que essa não é uma obra só de Cocal do Sul. Todos os municípios que circulam por aqui tem que abraçar essa ideia. O contorno é da Região Carbonífera. Temos forças, não para pressionar o governador, mas para que ele entenda que essa obra é prioridade para o desenvolvimento da região", enfatizou o prefeito.