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Deputada catarinense afirma que queda de Mandetta pode ser na sexta-feira

Carmen Zanotto, da comissão de combate ao coronavírus na Câmara, diz que troca é natural pelo desgaste do ministro com Bolsonaro
Por Heitor Araujo 16/04/2020 - 08:13 Atualizado em 16/04/2020 - 08:14
Carmen Zanotto e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Divulgação)
Carmen Zanotto e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Divulgação)

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Na corda bamba e trocando farpas públicas com o presidente da república há bastante tempo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pode ser substituído ainda nesta semana. Defensor do isolamento social no combate ao coronavírus, em posição contrária a Jair Bolsonaro, Mandetta admitiu estar cansado e a espera de um sucessor para deixar o cargo. 

A deputada federal Carmen Zanotto, (Cidadania-SC), integrante da subcomissão Permanente da Saúde e da comissão de Ações Preventivas do Coronavírus no Brasil, frequenta as reuniões com o ministério da Saúde e tem boa relação com o ministro Mandetta. Ela confirma que a troca de cargo pode acontecer até a sexta-feira, 17, ou no máximo no começo da semana que vem.

"Acreditamos que até amanhã o presidente da república deve estar em contato com os profissionais da área da saúde e Mandetta poderá sair do ministério, porque a relação com o presidente não é mais a que se deseja, então não tem porque ficar. O que não vai impedir o nosso trabalho. Tivemos três reuniões tratando do tema, inclusive uma muito importante que é do cuidado da pessoa com deficiência e a manutenção da fisioterapia e cuidado hospitalar que ela for acometida", disse Zanotto para a Rádio Som Maior nesta quinta-feira.

À revista Veja, Mandetta afirmou estar no limite na relação com Bolsonaro. "60 dias tendo de medir palavras. Você conversa hoje, a pessoa entende, diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente. Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né? Já ajudamos bastante", disse Mandetta. 

As comissões da Câmara dos Deputados seguirão no trabalho de combate ao coronavírus. Zanotto falou sobre os desafios que a Covid-19 traz para o país. "Agora tem a questão da ciência, da estatística, estudos epidemiológicos e a leitura daquilo que está sendo feito no mundo. Cada país tem um comportamento e o vírus tem uma mutação muito frequente. O grande desejo é de que isso passe o mais rápido possível, que a gente posssa ter medicamento e lá na frente vacina, mas enquanto isso, precisamos exercer e fazer todos os cuidados possíveis para evitar uma superlotação na rede hospitalar", afirma a deputada. 

A parlamentar afirma que a epidemia pode se comportar diferente nas regiões do país. Zanotto opina que o cuidado particular da população pode ser uma arma importante no combate à Covid-19. "Precisamos estar atentos, cada um se cuidar, procurar usar máscara caseira quando for ao trabalho. Na área da saúde precisamos garantir a integridade desses profissionais. Todos nós precisamos nos cuidar e enquanto sociedade garantir que os trabalhadores tenheam os equipamentos para atender os pacientes. Precisamos garantir a vida desses trabalhadores porque eles cuidam diariamente da vida das pessoas", disse Zanotto. 

O próximo ministro da Saúde terá como missão, para a deputada, de conciliar o perigo dos vírus com a vida normal. "Os EPIs da China começam a chegar com mais facilidade, a indústria está conseguindo comprar. Vamos torcer para em breve ter os materiais suficientes e a gente possa ter uma vida normal. Acredito que vai ser assim que o próximo ministro vai conduzir. Nós da comissão temos uma missão, que é de acompanhar, discutir com especialistas, sociedades e seguimentos. Tudo aquilo que possa ser feito para minimizar o sofrimento das pessoas", concluiu. 

Tags: coronavírus

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