Campo verde, triângulo amarelo, esfera azul e faixa central branca. O resumo do que aprendemos em sala de aula para sinalizar como é a bandeira nacional. O verde das matas, o amarelo das riquezas, o azul do céu e o branco da paz. Em 19 de novembro de 1889, há 129 anos e quatro dias após a Proclamação da República, uma nova bandeira era instituída pelo Governo Provisório do Marechal Deodoro da Fonseca para representar o Brasil. Pouco mudada em relação à do Império.

As principais diferenças, o céu azul estrelado no campo central e a faixa com o lema positivista “Ordem e Progresso”, carregado de sentimento nacionalista para reforçar a ideia de Estado-nação à recém-nascida República Federativa do Brasil.

Ao lado do Hino Nacional, das Armas Nacionais e do Selo Nacional, a bandeira é um dos quatro símbolos da nação, e conhecê-los faz parte da grade curricular do ensino fundamental das escolas de todo o país. Em Criciúma, todas as 72 unidades da Rede Municipal de Educação contam com atividades que trazem os significados de cada símbolo.
“São estudadas as estrelas que a bandeira traz, o que cada cor representa na bandeira, entre outros quesitos”, destaca a secretária de Educação, Roseli de Lucca Pizzolo. 

Cada realidade, um modo

Cada escola tem a liberdade para montar seu cronograma de atividades de ensino sobre os símbolos nacionais, de acordo com o calendário da unidade, as necessidades de cada turma ou ainda os recursos disponíveis. “O como ensinar fica a critério de cada educador”, reforça a secretária. Em comum, as escolas salientam o conteúdo com elaboração e exposição de cartazes, desenhos, textos e outras produções escolares sobre a bandeira e os outros três símbolos. Regras como as dimensões da bandeira e o protocolo de arreamento e hasteamento também são estudadas pelos alunos. 

Também é comum que as escolas realizem o hasteamento da bandeira nacional, além das de Criciúma e de Santa Catarina, com a presença dos alunos, familiares e demais integrantes da comunidade escolar local. “Geralmente no dia 19 essas atividades são postas em prática, também com a execução do Hino Nacional pelos alunos”, complementa Roseli. 

Tem bandeira nova no Paço

O município faz hoje a troca da sua principal bandeira nacional, a que tremula no Parque Centenário, ao lado do Paço. O arreamento e hasteamento ocorrerão em ato a partir das 9h. “É um procedimento padrão, que envolve um protocolo rígido de como tratar a bandeira”, conta a secretária de Educação. O 28º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) fará a troca, além de encaminhar a antiga bandeira para o descarte correto, previsto pela Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação da Bandeira Nacional e demais símbolos. Também participam do evento bandas e fanfarras de quatro escolas municipais.

A mesma Lei nº 5.700 estipula que todos os cidadãos podem hastear uma bandeira do Brasil, independentemente do mastro estar localizado em propriedade residencial ou comercial. Pode ser disposta, também, em adriças, reproduzida em paredes, em ataúdes até o momento do sepultamento, conduzida aberta em cerimônias, entre outras formas de apresentação que não faltem com respeito ao símbolo nacional.

R$ 35 mil em bandeiras

A Secretaria de Educação investiu aproximadamente R$ 35 mil para a compra de kits contendo as bandeiras Nacional, de Santa Catarina e de Criciúma, além dos mastros de suporte, para todas as escolas da rede. “Estamos com o projeto de padronizar esta questão nas 72 escolas”, revela Roseli.