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Como funcionava a contratada para operar ambulâncias em Criciúma

Empresa Master Vida esteve no foco dos depoimentos colhidos nesta terça pela CI das Ambulâncias no Legislativo
Por Redação Criciúma, SC, 02/06/2020 - 16:48 Atualizado em 02/06/2020 - 16:54
Fabiano Feuser Armando, da Master Vida, depôs hoje na CI / Divulgação
Fabiano Feuser Armando, da Master Vida, depôs hoje na CI / Divulgação

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Os parlamentares que compõem a Comissão de Inquérito que investiga a contratação de serviço ambulatorial por parte do município de Criciúma receberam, na tarde desta terça-feira, 2, os servidores Fabiano Feuser Armando e Cristiane da Luz Rodrigues para serem ouvidos pelos membros.

A CI busca verificar a existência de irregularidades na contratação, pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, de uma empresa prestadora de serviços de ambulância para o transporte de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

Um dos principais questionamentos dos parlamentares ao casal diz respeito ao endereço da sede da empresa Master Vida, contratada para realização do serviço. A casa é de propriedade do servidor Fabiano, que na época, trabalhava no setor de urgência e emergência da secretaria de saúde, sendo responsável pela contratação do serviço.

Segundo Armando, o local é locado para o dono da empresa. “Meu relacionamento com ele é apenas técnico. Eu aluguei essa casa para o dono da Master para que pudesse guardar a ambulância. Todo o contrato de locação foi documentado e o local está alugado desde agosto do último ano”, pontuou.

Sobre a contratação de empresas, Armando contou o funcionamento. “A tomada de preço é solicitada pela secretaria que tem alguma necessidade. Se verifica se a empresa tem interesse de realizar serviço ou fornecer algum produto ao município e aí são enviados os valores à secretaria responsável, no caso, a secretaria de Saúde”, pontuou.

Conforme Armando, o serviço ambulatorial foi realizado com veículos da prefeitura, explicando o questionamento feito pelo vereador Edson Luiz do Nascimento quanto à negociação com empresas que não trabalham com veículos ambulatoriais, apenas no fornecimento de motoristas.

Os vereadores encontraram ainda uma publicação em uma rede social do casal, postada em 2019, divulgando os serviços da empresa Master Vida. Segundo Cristiane a relação do casal com o proprietário da empresa é apenas profissional. “Não temos nenhum grau de amizade, apenas conhecimento. Fizemos esta publicação porque gostamos de divulgar empresas do setor que fazem um bom trabalho”, contou Cristiane.

Secretário de saúde e procuradora serão ouvidos

Na próxima terça-feira, 9, estarão no Legislativo, o secretário de Saúde, Acélio Casagrande e a procuradora do município, Ana Cristina Youssef. Como encaminhamento, os parlamentares solicitaram a presença de um responsável pelo setor que realizou o chamamento da empresa contratada para o serviço.

Será solicitada ainda a confirmação, por parte dos motoristas, da negativa de alguns motoristas funcionários do município que teriam se negado, segundo a oitiva do servidor Fabiano, a trabalhar no setor ambulatorial. A intenção é entender de que setor os servidores eram e se teriam capacitação para a necessidade.

A Comissão tem prazo de 90 dias, prorrogáveis por igual período, e é composta pelos vereadores Aldinei Potelecki, Edson Luiz do Nascimento, Miri Dagostim, pastor Jair Alexandre, Paulo Ferrarezi, Salesio Lima, Toninho da Imbralit e Zairo Casagrande.

Conforme Requerimento 123/2020, a CI da ambulância apura:

1. Apurar a existência de uma suposta ligação de um funcionário público, lotado na Secretaria Municipal de Saúde com a empresa contratada;
2. Verificar se este funcionário se valeu da função para beneficiar a empresa contratada.

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