Cinco casos suspeitos de febre amarela foram notificados pela Vigilância Epidemiológica em Santa Catarina, do dia 1º ao dia 18 de janeiro. Os casos foram direcionados para locais com transmissão, fora do Estado, e aguardam resultado laboratorial. Dois casos evoluíram para óbito, um de Gaspar e o outro morador de Lajeado Grande. Ambos com histórico de viagens para o estado de São Paulo.

Apesar de a situação parecer alarmante, a coordenadora do programa de imunização da Vigilância Epidemiológica de Criciúma Patrícia Carvalho, garante que não é motivo para alarme. "O vírus é silvestre. Não é para as pessoas se preocuparem ou se arlamarem. Mosquito fica na mata e a preferência dele é por sangue de macaco", afirma Patrícia.

Segundo Patrícia, o país teve um surto de febre amarela em  2016 e 2017. "Veio para área sudeste e sul, mas fica na mata. O que tem que ficar atento é na morte dos macacos quando a pessoa sabe que tem macaco próximo a casa dela e houve morte, ela deve ficar em alerta", orienta. 

A vacina contra febre amarela passou, a partir de 2018, a fazer parte do calendário de vacinação das crianças. "Então a criança que nasceu a partir de  2017 e já tem nove meses, pode procurar uma Unidade de Saúde para vacinar porque agora faz parte da rotina. E pessoas até 59 anos que vão viajar para áreas endêmicas também deve se vacinar", cita.

A profissional também lembra que a vacina tem restrições. "Pessoas que têm alergia grave a ovo, pessoas que são imunodeprimidas, ou fazem tratamento que diminue imunidade e contraindicada a gestantes e mães que amamentam. As gestantes, se estiverem em área de risco, devem fazer e quem amamenta, se tiver que fazer, deve ficar 10 dias sem amamentar. Quem tem HIV, deve consultar o médico antes", explica.

Os sintomas da febre amarela são febre, dor de cabeça, vômito e, em fase mais grave, insuficiência dos rins e do fígado. A letalidade da doença é 33%.