É na saúde e na doença, na vitória e na derrota. Independente dos resultados, quem é carvoeiro doente jamais deixa de torcer pelo Criciúma. E para falar mais sobre a torcida tricolor, o programa Do Avesso recebeu nesta quarta-feira, 30, o criador e administrador do perfil Carvoeiro Doente, Roberto Corrêa Lima.

Agora com espaço no Portal 4oito, Roberto afirma que sempre se viu na necessidade de arranjar um espaço na mídia para, como torcedor, falar sobre o Criciúma Esporte Clube. Com a criação do @carvoeirodoente para o Instagram e o Facebook, ele começou a ganhar espaço entre as pessoas ao falar sobre o clube tricolor.

“Chegou um momento em que uma postagem, uma imagem ou um texto não era o suficiente para eu passar tudo que eu queria. Eu ganhei tanta notoriedade que as pessoas vinham falar coisas para mim, aí eu recebia muitas coisas e não tinha como passar adianta, e haviam coisas que eu recebia que realmente poderiam ajudar, mudar alguma ideologia lá de dentro que estava errada”, comenta o torcedor sobre o momento em que começou a expor seu rosto nas postagens.

E muitas informações privilegiadas eram passadas a Roberto - às quais ele havia de checar e refletir muito bem antes de divulgar. “5% das informações que eu recebo eu repasso, porque esse 5% é o que eu realmente posso passar para não ferrar com um ou outro e receber um processo. Isso é porque eu realmente chequei para saber se era verdade”, afirmou Roberto.

O criador do Carvoeiro Doente destaca que atualmente, com o futebol cada vez mais profissionalizado e em ascensão econômica, realizar um marketing digital para um clube é necessário e de extrema importância - diferente de antigamente, onde 11 jogadores eram o suficiente para dar essa visibilidade ao clube. Conhecedor da história e do futebol do Criciúma, Roberto vem acumulando propriedade para falar sobre todas as questões que envolvem o Tigre. Segundo ele, apesar de a culpa da atual situação do tricolor poder ser dividida entre todos os membros que compõem o clube, a responsabilidade principal é da Diretoria.

“A responsabilidade em si é do líder principal. Tudo que acontece numa empresa e numa instituição vem de cima para baixo. A gente responsabiliza quem é o líder, quem comanda, quem toma as decisões. O responsável é um e, se ele não mudar, nada muda”, destacou Roberto.

Diferente de uma situação em que o time está subindo de divisão, que é quando a torcida se encontra sempre fervorosa e presente, cair de uma série para a outra traz alguns desafios para o clube - e manter a torcida, é definitivamente um dos mais possíveis. 

“Eu acho que a Série A é até pequena para 20 clubes e, caindo quatro, ou tu se dá muito bem no brasileiro ou tu cai. Para um clube como a gente, em uma cidade bem menor do que muitas outras, a gente tem uma grande dificuldade mas eu enxergo sim algo diferente em nós. Acredito muito que temos o melhor clube e a melhor torcida de Santa Catarina, as melhores médias, os melhores públicos e isso diz muito sobre a gente”, concluiu Roberto.