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Briga entre Itaú e XP rende discussões no mercado

Banco criticou corretoras de investimentos em propaganda, sendo rebatida por profissionais
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 26/06/2020 - 14:32 Atualizado em 26/06/2020 - 14:33
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Bastou uma propaganda com um vídeo de 30 segundos para que o Itaú comprasse uma grande briga com a XP Investimentos, uma das maiores corretoras independentes do Brasil. A discussão começou quando o banco divulgou um vídeo, em plena rede nacional, quase que desmerecendo o trabalho dos assessores de investimentos. 

O vídeo, veiculado em um intervalo da TV Globo, contava com a seguinte narração: "a moda em 2019 é ter conta em corretora. Assessor também está na moda, insiste o tempo todo, investe nisso, investe naquilo, não tem risco. Estou me sentindo o rei de Wall Street. Aqui em 2020, deu para ver que não tinha risco para ele que ganhava comissão para o tipo de investimento, ainda bem que você deixou o dinheiro no personalité".

A briga não parou por aí, se estendeu pelas redes sociais e farpas foram trocadas entre as duas entidades. A publicitária Ale Koga ressalta que há uma suspeita de que isso faça parte de uma ação de marketing, já que o Itaú é sócio da XP com 49,9% das ações ali. Apesar disso, as implicações foram genuínas de ambas as partes.

"O Itaú ainda foi lá e fez um post personalizado tirando sarro do colete da XP, famoso na Faria Lima, a avenida financeira de São Paulo, e usada por assessores, dizendo: em 2020 o corretor de moda não soube o que fazer? Invista com a experiência dos especialsitas do personalité. A XP em seguida colocou outro post: em 2020 e ainda tem gente criticando a roupa dos outros, colocando a foto de um colete. No final da tarde veio o post que viralizou a afornta, partindo da XP: faça uma TED do Itaú para XP e ganhe um colete", destacou a publicitária.

Economista e dono de um dos principais escritórios do país vinculado a XP, Lucas Rocco ressalta que o Itaú, apesar de ter comprado uma briga com a XP, acabou jogando uma lupa em cima da profissão de assessor de investimentos - já que muitos nem conheciam a profissão. "Foi uma estratégia muito forte do Itaú, mas pouco inteligente. Lembro que quando o Burguer King chegou no Brasil eles fizeram propagandas do tipo: o BK no Shopping Morumbi fica em frente ao McDonalds. Ou: no Shopping Pacaembu, fica a esquerda do McDonalds. Usaram o principal opositor como referência, mas o Itaú fez o business contrário, chamando para briga alguém menor e tornando o opositor maior", declarou.

A forma de se pagar um investimento em uma corretora e em um banco é exatamente o mesmo. Na XP, no entanto, a taxa de administração é 1% menor do que a dos bancos. No final das contas, os assessores ficam com no máximo 20% da taxa de administração, ganhando mesmo no volume com grande quantidade de clientes. 

"Claro que a perda de um cliente é menos faturamente para gente imediatamente, na veia. Nunca deixaremos de ter como preocupação primordial e acima de tudo o ganho do cliente", ressaltou Lucas. "O fato do Itaú apelar para ridicularizar os assessores, nossa roupa, e trazer como aspecto do negócio, mostra que eles levaram a discussão para um nível chulo, e que realmente estão com medo do nosso trabalho, que é cada vez mais nítido que o mercado está migrande para isso", emendou.
 

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