[Áudio] Fertilizantes e terras raras estão entre ideias para reaproveitar rejeitos do carvão em SC

Representantes do setor carbonífero do Sul de Santa Catarina voltaram dos Estados Unidos com novas propostas para reaproveitamento de rejeitos, geração de energia e alternativas de uso da cinza do carvão. A missão, que reuniu lideranças da área, órgãos ambientais e representantes do Ministério Público Federal, visitou empresas e instituições governamentais norte-americanas ligadas à mineração e à recuperação ambiental.

Entre as ideias observadas estão a possibilidade de transformar cinzas em insumos de maior valor agregado, desenvolver fertilizantes a partir do carvão e até investir na produção de terras raras, minerais estratégicos usados em indústrias de alta tecnologia.

Segundo o presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável, Luiz Fernando Zancan, a experiência norte-americana pode ajudar a destravar projetos parados em Santa Catarina. “Os Estados Unidos têm usinas que queimam rejeito desde os anos 80 e já economizaram mais de 1 bilhão de dólares em recuperação ambiental. Nós fomos ver de perto como isso funciona e como podemos aplicar aqui, com um modelo próprio para a nossa região”, explicou em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta segunda-feira (22).

Zancan destacou que o carvão catarinense é diferente do americano, o que exige soluções adaptadas. Ele citou como alternativa a mistura de rejeito com carvão beneficiado ou biomassa. “Nós podemos chegar a uma situação em que a cinza se torne mais importante que a própria geração de energia. É esse tipo de inovação que estamos perseguindo”, afirmou.

Ouça na íntegra a entrevista com o Fernando Zancan: