As orientações para quem vai aos cemitérios em Criciúma

Está proibida a realização de missas e cultos nos ambientes dos cemitérios por conta do Dia de Finados, na próxima segunda-feira, 2. Essa é uma das novidades impostas no decreto que será publicado nesta sexta-feira, 30, em Criciúma, por conta da pandemia de Covid-19 e suas interferências no feriado santo. Será o primeiro Dia de Finados sob a repercussão do coronavírus, que causou 110 mortes em Criciúma desde maio.

"São medidas que devem ser adotadas, sabemos que é uma data importante mas preparamos orientações. Nesta sexta sai o decreto no Diário Oficial com a proibição de missas e cultos nos cemitérios, esses eventos devem ser restritos aos templos, onde é possível manter controle mais rígido. E há as medidas gerais para os cemitérios. Pedimos que as pessoas antecipem as visitas, que todos usem máscaras e álcool gel. A máscara continua obrigatória", advertiu o coordenador da Vigilância Sanitária em Criciúma, Samuel Bucco, em entrevista ao programa Ponto Final, na Rádio Som Maior. "Recomendamos ainda que os cemitérios estendam os seus horários de funcionamento", referiu.

Há orientações ainda a serem seguidas pelos vendedores ambulantes. "É necessário o afastamento de dois metros entre as barracas e tendas que vendem flores e alimentos, e que seja fornecido álcool gel", observou. Ainda sobre os cemitérios, a Vigilância orientou que haja organização das filas e que existam aberturas de portões diferentes para acesso e saída. "Para evitar o fluxo cruzado", ponderou. "Orientamos que as pessoas de grupos de risco, como idosos, pessoas com sintomas, hipertensos, que evitem essas visitas. Os números de casos de Covid estão aumentando em Sasnta Catarina, estamos monitorando e bastante apreensivos", admitiu Bucco.

A fiscalização estará presente nos cemitérios. "Sim, vamos destacar equipes da Vigilância Sanitária e fazer inspeções. Pedimos que evitem as aglomerações e também os contatos físicos, os abraços tão comuns dessa época", observou.

Bucco colocou, ainda, uma preocupação extra com os deslocamentos das pessoas. "Estamos preocupados com as pessoas que vem de fora, de outras regiões. Do planalto norte, por exemplo, onde a ocupação dos leitos de UTI está bastante elevada, na Grande Florianópolis também, as famílias reunidas disseminando a doença na região", referiu.

O uso de máscaras, embora não mais passível de multa imediata pela fiscalização, segue obrigatório. "Os protocolos do Ministério da Saúde indicam que o uso de máscara evita ao máximo o contato próximo. A obrigatoriedade continua em nível estadual, conforme estabelece a portaria 562, que as pessoas tenham consciência dessa importância", destacou. "A máscara é uma barreira física bastante eficiente, mas de fato não há mais multa para não uso de máscaras, pode sim em alguns casos haver processo administrativo que resulte, adiante, em multa", sublinhou.

Ouça a entrevista do coordenador da Vigilância Sanitária no podcast: