Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Advogado reafirma inocência de Carlos Moisés

Defensor do governador afirma que, ao fim das contas, busca e apreensão desta quarta terão resultado a favor dele
Por Denis Luciano Florianópolis, SC, 30/09/2020 - 18:42 Atualizado em 30/09/2020 - 18:44
Marcos Probst, advogado de Moisés / Divulgação
Marcos Probst, advogado de Moisés / Divulgação

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

O despacho do ministro Benedito Gonçalves que autorizou a busca e apreensão a cinco locais em Santa Catarina nesta quarta-feira, 30, no contexto da investigação do gasto de R$ 33 milhões com 200 respiradores pela Secretaria de Estado da Saúde, foi claro. "Vislumbra-se a hipótese criminal de que uma organização criminosa, na qual agentes públicos, entre os quais o governador, atuaram de maneira a favorecer um grupo de particulares causando prejuízo de ao menos R$ 33 milhões ao erário", escreveu o ministro. Dois dos mandados foram cumpridos diretamente em relação ao governador Carlos Moisés, um no Palácio D´Agronômica e outro no Centro Administrativo.

"Eu tenho a decisão judicial em mãos, li com muita atenção a decisão do ministro Benedito Gonçalves, em nenhum momento ele aponta com firmeza de que há provas do envolvimento do governador", afirmou o advogado do governador, Marcos Probst, em entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Som Maior. "Ele autoriza a busca e apreensão a pedido do MPF em busca de provas para se elucidar uma suspeita de envolvimento ou não do governador. Isso foi posto pelo próprio MPF na nota à imprensa, de que o MPF busca provas", emendou.

Para Probst, o "emblemático da decisão do ministro é que ele deixa claro que a busca e apreensão autorizada pode inclusive trazer elementos favoráveis à defesa. E não temos a menor dúvida que, em que pese o desgaste político, no fim do dia essa busca vai comprovar algo que a sociedade catarinense saberá, que é a ausência completa de participação do governador no caso dos respiradores. Isso vai ficar comprovado". "A defesa e o governador entendem que a medida era desnecessária, visto que o que a PF apreendeu hoje, um celular e um laptop, já havíamos oferecido no começo de julho, dissemos que se quisessem periciar, a gente já entregaria. Essa ordem de busca e apreensão era desnecessária, infelizmente no Brasil buscas e apreensões viraram rotina. O lado bom disso tudo é que vai comprovar que o governador não tem envolvimento algum na compra dos respiradores", salientou.

Probst não crê que esse episódio histórico, uma busca e apreensão na residência do governador, não vai influenciar nos processos de impeachment que tramitam na Alesc. "A interferência não existe. No campo dos julgadores deputados, é evidente que há uma contaminação pelo componente político. É do jogo, infelizmente. Não vejo uma situação que faça com que o deputado acabe sendo absolutamente isento, gostaria que assim o fosse, que os deputados se vestissem como verdadeiros julgadores. Mas no componente dos seis julgadores, no que toca aos desembargadores, penso em interferência zero, são desembargadores competentes, com grande experiência, e que não vão ser influenciados por uma medida cautelar em um processo investigatório", comentou.

O advogado fez questão de frisar, ainda, que "o governador não está sendo acusado, há uma investigação. Volto a deixar claro, é claro que no campo político gera prejuízo, isso nós lamentamos, mas no campo jurídico é uma medida inerente à investigação. E no fim do dia a conclusão será pela inexistência de qualquer envolvimento do governador".

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito