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Adelor e Maga projetam julgamento de Jorge Seif e situação de Ricardo Guidi

Possível cassação de senador e movimentos Guidi são assuntos da semana
Por Renan Medeiros 01/04/2024 - 11:32 Atualizado em 02/04/2024 - 16:51
Fotos: Roque de Sá/Agência Senado e Eduardo Valente/Secom
Fotos: Roque de Sá/Agência Senado e Eduardo Valente/Secom

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No centro do palco político nacional, o julgamento do senador Jorge Seif (PL) no Tribunal Superior Eleitoral tem repercussões diretas para o cenário eleitoral em Santa Catarina. Na rádio Som Maior, os jornalistas Adelor Lessa e Maga Stopassoli destrincharam os possíveis desdobramentos a partir da decisão da Corte, que vão desde uma vitória judicial de Seif até possíveis nomes para sucedê-lo em caso de cassação.

Adelor e Maga também analisam os movimentos de Ricardo Guidi (PSD) em direção ao PL, que devem ter desfecho ainda nesta semana.

Ouça, abaixo, a análise de Adelor e Maga (o texto continua a seguir):

“Nos bastidores, em Brasília, há três projeções. Uma que é do próprio Seif, que diz ter três votos e que pode conseguir o quarto, o que arquiva a ação. Não é a mais provável, pelo menos não é o pensamento majoritário. Outra alternativa é 6 a 1 pela cassação com um voto, um voto sendo apenas do Nunes Marques, que foi o ministro nomeado pelo ex-presidente Bolsonaro. E a outra possibilidade é de o Nunes Marques pedir vistas, e aí o processo fica em stand-by”, projeta Adelor.

Em caso de cassação, é provável que uma nova eleição ocorra em Santa Catarina para o Senado. Esse pleito se daria junto com a eleição municipal.

“Entenda-se Bolsonaro em Santa Catarina no clima, no ambiente, no momento da campanha para eleição municipal. Ele virá para fazer a campanha do seu candidato ao Senado. Que será quem? Poderá ser a Júlia Zanatta. Poderá ser a Carol De Toni. Poderá ser Catiane Seif. Poderá ser o Daniel Freitas”, menciona Adelor.

A escolha do sucessor segue um entre dois caminhos possíveis: um nome definido pelo partido ou por opção pessoal do ex-presidente. Esta segunda alternativa beneficia nomes mais próximos de Bolsonaro, como Júlia Zanatta e Catiane Seif.

Caso tenha alguém de sua confiança na disputa, Jair Bolsonaro terá participação ativa na campanha. “E vai surtir efeito novamente, como foi em 2022. O nome indicado, abençoado por Jair Bolsonaro, certamente vai ter uma larga vantagem sobre os outros”, antecipa Maga Stopassoli.

Para os jornalistas, a presença de Bolsonaro em Santa Catarina sugere um impacto também nas eleições municipais. A influência do ex-presidente pode não apenas definir o candidato ao Senado pelo PL, mas também reconfigurar as dinâmicas nas disputas nas cidades.

Ricardo Guidi no PL?

A semana tem outro fato decisivo no contexto político de Criciúma: a possível filiação de Ricardo Guidi ao PL, com a “bênção” do governador Jorginho Mello (PL). Se for essa a opção do deputado federal licenciado e atual secretário de Estado, ele será um candidato natural do partido à Prefeitura de Criciúma.

Adelor Lessa pontua que, se Guidi permanecer no PSD, não terá essa condição. “E não sou eu que estou dizendo, é o PSD que diz, porque o PSD tem Arleu da Silveira, candidato do prefeito Clésio Salvaro, apoiado pelo deputado Júlio Garcia. Foi uma condição que o Salvaro colocou quando trocou o PSDB pelo PSD, de indicar o candidato à sua sucessão. É fato consumado: o candidato do PSD é o Arleu”, afirma o jornalista.

Uma reunião entre Guidi e Joginho Mello, ainda nesta segunda-feira, pode sacramentar a definição. “Ele (Guidi) está numa situação que ele não tem mais como voltar, não tem mais como dar ré nessa decisão, porque ela parece muito bem encaminhada”, analisa Maga.

Adelor Lessa vê a situação atual de Guidi como uma guinada significativa em relação ao desenho de meses atrás, quando Salvaro migrou para o PSD.

“Eu não colocava nas minhas apostas que ele faria essa troca, porque ele representaria um enfrentamento ao prefeito Salvaro, ao deputado Júlio Garcia, à direção estadual do PSD e um rompimento. Seria um quebrar de pratos. Eu imaginava que, no frigir dos ovos, ele ficaria. Mas, desde que Guidi foi para o Governo do Estado, ele passou a ter movimentos diferentes do que era a trajetória anterior. Ele passou a ter movimentos que parecem muito bem calculados, milimetricamente calculados”, expõe Adelor.

A mudança na trajetória, na avaliação do jornalista da Som Maior, ganhou corpo com a participação de Guidi participou do evento do PSD de filiação de Arleu da Silveira, no começo de março. Na ocasião, Guidi aguardou no carro com a esposa até o último minuto para entrar no salão do AM Masterhall. Quando tomou o microfone em mãos, foi vaiado por apoiadores de Arleu e reagiu com firmeza.

“Penso que o Guidi, depois de tudo que fez, principalmente depois da participação naquele evento regional no PSD, a ida dele para o PL para ser candidato a prefeito é apenas a consolidação de um fato”, observa Adelor.

Acélio Casagrande

Outra definição aguardada é a de Acélio Casagrande (PSDB), que ainda não se posicionou publicamente entre apoiar Arleu ou Guidi. “Parece muito mais provável que ele vá abraçar o projeto do Arleu da Silveira, porque ele ainda faz parte do governo Salvaro. Nesse momento, ele sair pra apoiar Ricardo Guidi ia ficar uma coisa esquisita”, avalia Maga. O atual secretário municipal de Saúde deve tratar do assunto com o próprio governador e também com lideranças estaduais do PSDB.

“Guidi e Acélio são os dois nomes de Criciúma que, até o fim da semana, segunda-feira que vem, a gente já não vai mais ter essas dúvidas. A gente já vai saber tudo”, prevê Maga.

Tags: eleicoes2024

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