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A agonia dos motoristas e a chance de retorno dos ônibus às ruas

Protesto dos trabalhadores ocorre um dia após a Alesc definir que transporte coletivo é serviço essencial
Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 14/05/2020 - 11:49
Foto: Guilherme Nuernberg
Foto: Guilherme Nuernberg

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Há exatos 57 dias sem trabalhar, os funcionários das empresas de transporte coletivo voltaram a protestar nesta quinta-feira, 14, em Criciúma. Mais de 150 profissionais participaram da manifestação pedindo o retorno ao trabalho o mais rápido possivel.

O movimento começou às 7h em frente a rodoviária. Logo após, às 7h30, a Avenida Centenário foi bloqueada pelos trabalhadores no sentido Pinheirinho - Centro. Os veículos que passavam pelo local realizavam o desvio por dentro da rodoviária. Pouco após às 8h, os colaboradores do transporte coletivo tomaram a Avenida Centenário nos dois sentidos. Por aproximadamente cinco minutos, a principal avenida da cidade ficou paralisada. 

Próximo às 9h, os funcionários paralisaram novamente a Centenário no sentido Pinheirinho - Centro e seguiram até o terminal central, com um trio elétrico puxando o movimento. Nas caixas de som, a aclamação dos trabalhadores pela volta ao trabalho intercalado com o Hino Nacional Brasileiro, executado várias vezes durante o protesto. 

 


Chance de retorno

A esperança dos trabalhores veio nesta quarta-feira, 13, com aprovação de um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa que considera o transporte coletivo, urbano e intermunicipal, como essencial no estado. O PL foi apresentado pelos deputados Jerry Comper e Luiz Fernando Vampiro, ambos do MDB. Na votação, foram 30 votos a favor, dois contras e uma abstenção.

Segundo Vampiro, há o indicativo que o retorno pode ocorrer em breve. "A expectativa que eu tive na ligação com o governador era de que ele sancionaria o PL da Assembleia. Tenho a perspectiva de que seria retornado imediatamente. Publicado hoje, acho que na sexta já volta o transporte intermunicipal e outorgando aos prefeitos que eles podem restringir, mas nunca abrandar. Por exemplo, aqui em Florianópolis é contra, em Criciúma sabemos que o Salvaro é a favor", detalhou o deputado.

"Esperamos para apresentar esse PL porque entendíamos que havia preocupação com a pandemia. Mas o transporte é fundamental para girar a economia e manter o sistema em pé, à medida em que foram liberando atividades", afirmou Vampiro.

Definição de medidas

Outra discussão que está sendo realizada é em torno das medidas que as empresas de transporte coletivo terão que adotar para a volta a nova rotina. De acordo com o presidente da ACTU, Everton Trento, o uso de máscara será obrigatório. É avaliado ainda como os ônibus irão atender a demanda já que terão que atuar com a capacidade reduzida. "Há uma necessidade de obrigatoriedade de uso de equipamentos e redução de usuários dentro dos veículos, isso não se discute. Definir e fazer cumprir, inclusive com a presença da Polícia Militar. Agora, uma coisa que tem deixar claro é que a redução de 50% do uso dentro dos veículos, também vamos bater na tecla de que haja redução da gratuidade. Idosos que vão para cima e para baixo vão tirar o lugar de quem tem necessidade", avaliou Trento.

Os horários de atendimento irão sofrer alterações para se adequar a nova realidade. "Horários de pico queremos trabalhar para aliviar o número de pessoas dentro de vans e carros particulares. Com o andar da necessidade, amplia novamente os horários", comentou o presidente.

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