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Tenho certeza de que é só sinusite, mas…

Com estas semanas de infecções frequentes por coronavírus temos atendido dezenas de pessoas com sintomas suspeitos
Por Dr. Renato Matos 22/07/2020 - 15:23 Atualizado em 22/07/2020 - 15:27

Com estas semanas de infecções frequentes por coronavírus temos atendido dezenas de pessoas com sintomas suspeitos. Quase que invariavelmente ligam com o diagnóstico pronto. Relacionam a tosse com suposta sinusite. A falta de ar é aquela asma que há vários anos não se manifestava. Perdeu o olfato, mas é a rinite. A diarreia, uma comida que não estava bem conservada. E, também, claro, é só uma “gripezinha”.

Mas, pode ser Covid?

Em épocas de pandemia, mesmo naqueles casos leves, pelas implicações de isolamento e quarentena de contatos, temos a obrigação de sempre ter o coronavírus em mente. Perder esta oportunidade de diagnóstico precoce pode levar a consequências desastrosas.

Sintomas

Lembrar que 30 a 40% dos casos são assintomáticos. Mas que podem transmitir a doença. Quase sempre achamos que infecções respiratórias – pelo menos as mais severas - vem acompanhadas de febre. Na Covid, pouco menos da metade dos pacientes tem temperatura elevada.

Tosse, em 50%.

Aquele mal estar que estamos acostumados a sentir quando estamos gripados, como dores musculares, cefaleia e dor na garganta, em 20 a 30%. Um número menor ainda tem diarreia. Desconforto respiratório, 1/3 dos infectados. Estes dados são obtidos de um relato de 370.000 casos confirmados de Covid-19 apresentados pelo Centro de Doenças Infecciosas dos EUA. Sintomas muito inespecíficos. No caso do Covid, o diferencial é a perda de olfato. Se presente, a probabilidade da doença aumenta muito. No mais, parece uma gripe “normal”.

E depois?

Buscamos saber se houve contato com pessoas sabidamente doentes. Ou exposições a eventos sociais – que não deveriam ocorrer nesta época – sem proteção adequada. Os exames dependem da gravidade e do tempo de aparecimento dos sintomas.

É erro grosseiro sair atrás de exames sorológicos por sua conta – o tal de IgG e IgM – logo no início. O IgM demora em torno de 8 dias para positivar. O IgG, até 2 semanas. O ideal seria o RT PCR – o do “cotonete” – mas este não temos disponível para resultado rápido em nosso meio. Com tantas incertezas, procure seu médico ou serviço de saúde – desde que eles entendam do manejo de todas estas variáveis. Da nossa parte, o que nos dá segurança é o contato frequente com o paciente. Como bem sabemos, a grande maioria evolui bem. Mas alguns precisam de medidas pontuais – que não podem demorar. 

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