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Para os (poucos) já vacinados

Por Dr. Renato Matos 15/03/2021 - 07:47 Atualizado em 15/03/2021 - 08:51

O Centro para Controle de Doenças dos EUA (CDC) emitiu seu primeiro conjunto de diretrizes para as pessoas que foram totalmente vacinadas contra a COVID-19. As diretrizes permitem que eles retomem algumas atividades de menor risco.

Entre as recomendações para pessoas que já foram totalmente vacinadas (ou seja, já se passaram pelo menos 2 semanas desde que receberam a dose final), estão:

  1. Podem se reunir com outras que foram totalmente vacinadas dentro de casa sem usar máscara.
  2. Podem socializar com pessoas não vacinadas de uma outra casa sem o uso de máscara ou distanciamento social se as outras pessoas não estiverem em risco de doença grave por COVID-19 (por exemplo, idosos, gestantes).
  3. Não precisam ficar em quarentena ou se submeter a testes para SARS-CoV-2 se não tiverem sintomas após a exposição a alguém com COVID-19.

No entanto, pessoas totalmente vacinadas devem continuar a usar máscara, seguir práticas de distanciamento físico em lugares públicos ou em torno de indivíduos de alto risco, evitar reuniões sociais maiores e fazer o teste se sintomáticas. Como todos os não vacinados.

Até que tenhamos dados mais conclusivos sobre nossa nova variante, não sabemos se essas recomendações podem ser seguidas à risca por aqui.

 

Tocilizumabe

Recentemente, o grupo que assessora o Instituto Nacional de Saúde dos EUA recomendou o uso dessa droga (inibidor da interleucina 6, uma das responsáveis pela resposta inflamatória exacerbada em pacientes infectados pelos SARS-CoV-2), em adição aos corticosteroides, para alguns pacientes graves com COVID-19. Também há um parecer favorável ao uso pelo Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido

A indicação é para aqueles recentemente hospitalizados, admitidos em UTI nas últimas 24 horas, que necessitem ventilação mecânica (invasiva ou não) ou altos fluxos de oxigênio.

Também é recomendada para pacientes recentemente admitidos em enfermaria e que necessitem de fluxos crescentes de oxigênio em curto intervalo de tempo.

Essas recomendações seguem dados de 2 novos estudos, REMAP-CAP e RECOVERY (este com dados ainda preliminares).

No último mês, a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas já havia feito recomendações similares em favor do uso de Tocilizumabe associado a corticosteroides.

Essa droga que, entre outras indicações, é usada para artrite reumatoide, é aprovada pela ANVISA e já está disponível em nosso meio.

Para que não nos empolguemos muito, num dos artigos que deu suporte a essa indicação (RECOVERY) foi calculado o NTT (número necessário para tratar), indicador de quantos pacientes precisam ser tratados para que um tenha benefício: 28.

 

Agora sim, a Ivermectina

Estrongiloidíase é uma verminose muito comum nas regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil.

O Strongyloides stercoralis, seu agente, habita o intestino delgado dos indivíduos infectados e costuma causar sintomas leves, como diarreia e dor abdominal.

Casos de estrongiloidíase severa e disseminada têm sido relatados com o uso concomitante de Tocilizumabe e corticosteroides em pacientes com COVID-19.

Para os candidatos ao uso de corticoides e/ou Tocilizumabe, o tratamento profilático com Ivermectina deve ser considerado em áreas onde a estrongiloidíase é endêmica.

 

Informe Epidemiológico Criciúma – COVID-19

Ontem, dia 14, estávamos com 246 pacientes internados por COVID-19 em nossa cidade. Destes, 141 do município e 57 em leitos de UTI.

Há exatos 30 dias, tínhamos 40 internados: 21 de Criciúma e apenas 12 em UTI. Praticamente, o número quintuplicou.

Nesse ritmo, não vamos aguentar.

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