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A “nossa” vacina Oxford/AstraZeneca

Informações sobre as vacinas para a Covid-19 e suas eficácias
Por Dr. Renato Matos 11/01/2021 - 10:06

Depois de um ano complicado em consequência da pandemia pela Covid-19, iniciamos 2021 sabendo que teremos meses duros pela frente, mas agora com a perspectiva de uma vacina que pode nos tirar dessa loucura.

Segundo o Coronavirus Vaccine Tracker, atualizado diariamente pelo New York Times, até o momento, 64 vacinas estão em estágio de ensaios clínicos em humanos, com 20 já alcançando os estágios finais de testes.  Pelo menos outras 85 estão em investigação em animais.

O Brasil apostou em poucas vacinas. Uma delas, conhecida como Oxford/AstraZeneca, foi desenvolvida em parceria com a Fiocruz - instituto de pesquisa em ciências biológicas, idealizado em 1900 pelo sanitarista Osvaldo Cruz, com sede no Rio de Janeiro.

A vacina Oxford/AstraZeneca, diferentemente das tecnologias utilizadas na Pfizer (mRNA) e na Coronavac (vírus inativado), utiliza um vetor viral (um adenovírus de chimpanzé) geneticamente modificado para levar informações para que as células produzam proteínas que serão reconhecidas como sendo do Coronavírus, assim desencadeando as esperadas reações que levarão à imunidade. 
O adenovírus foi modificado para que não consiga fazer cópias de si mesmo, não causando doenças. Sua função é levar a mensagem para codificar a proteína Spike – o “espinho” do coronavírus - alvo do sistema de defesa do organismo nessa vacina.

É a mesma técnica utilizada pela vacina russa, a Sputnik V, e a vacina da Johnson & Johnson - esta em testes por aqui, Criciúma, inclusive. 

A eficácia da vacina Oxford/AstraZeneca oscila entre 62% e 90%, dependendo do esquema de dose utilizado. Quando a dose inicial foi reduzida pela metade, sua eficácia aumentou.
Como diferencial em relação às vacinas da Pfizer e Moderna, que necessitam de cadeias de frio de até 70°C negativos, podem ser armazenadas entre 2°C e 8°C, facilitando a logística de distribuição.
Também são mais baratas. O preço é estimado entre 3 e 4 dólares a dose, enquanto as da Pfizer e Moderna ficam entre 15 e 25 dólares. 
Já foram liberadas para uso emergencial no Reino Unido, México, Índia e Argentina. 

A boa notícia é que poderemos ter essa vacina rapidamente. 
Se for cumprido o planejamento do Ministério da Saúde, até junho, a Fiocruz produzirá 100,4 milhões de doses. Outro tanto, no segundo semestre. 
Por meio do consórcio mantido pela Organização Mundial da Saúde, devemos receber mais 42 milhões de doses.
Como são 2 doses para cada pessoa, poderão ser imunizados 70 milhões de brasileiros.

Junto com a Coronavac, no momento, essas são as vacinas que estão mais próximas de serem utilizadas no país.
Estamos muito atrasados. 
Desde o início, sabíamos todos que a pandemia só se encerraria com boas vacinas, que a comunidade científica conseguiu fazer em tempo recorde.

Cabe aos responsáveis colocá-las o mais rapidamente possível a nossa disposição.

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