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"Fanatismo é sempre um sinal de dúvida reprimida"

Por Ananda Figueiredo 24/01/2018 - 22:00 Atualizado em 24/01/2018 - 23:45

Você já ouviu falar de Carl Gustav Jung? Você pode saber mais aqui mas, em síntese, é o psiquiatra e psicoterapeuta suíço que desenvolveu a teoria conhecida como “psicologia analítica”. Feita esta breve apresentação, vamos ao motivo de trazê-lo aqui para o blog.

“Fanatismo é sempre um sinal de dúvida reprimida”. Apesar de Jung ter escrito no início do Séc XX, esta foi a frase que permeou meus pensamentos no dia de hoje.

Lula, Lula, Lula, Lula. Moro, Moro, Moro, Moro. Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro. No elevador, no restaurante, no  posto de combustível... cenários diferentes que sempre me provocavam a mesma impressão: ecos infinitos da “minha opinião” vestida de “verdade absoluta”. Assim, pouco importa se você ouviu e menos ainda o que pensa a respeito. Virtualmente, o encerramento do monólogo costuma ser premiado com o comentário “lacrou!”. E, você sabe, o que está lacrado não pode ser mexido.

Ódio, raiva, agressividade, ressentimento. Lacre. Jung, sempre sábio, continua o texto dizendo que “quando alguém está realmente convicto torna-se perfeitamente calmo, pode discutir a sua crença como um ponto de vista pessoal sem ressentimentos de espécie alguma”. Assim, quando for falar de Lula, Moro, Bolsonaro, Jung ou qualquer outro, guarde suas certezas e leve suas interrogações. O dilema herói x vilão é perfeitamente saudável, desde que restrito aos livros de contos de fadas. A realidade, caro leitor, costuma trazer um pouco de mal no bem e um tanto de bem no mal.

 

Fonte: A vida simbólica - Carl Gustav Jung.

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