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A Momo voltou

Como abordar o assunto com meu filho?
Por Ananda Figueiredo 19/03/2019 - 08:20 Atualizado em 19/03/2019 - 08:29

A Momo voltou.

Se, no ano passado, a preocupação estava relacionada aos desafios propostos aos adolescentes, agora se refere à presença dela em vídeos no YouTube Kids, versão do aplicativo voltada para crianças. De acordo com a publicação da revista Crescer, ela pode aparecer no meio daqueles vídeos coreografados de músicas infantis - a lá Baby Shark - ou enquanto uma menina apresenta seu slime (ou seja, justamente nos vídeos que seu pequeno costuma assistir), e ensinar como encontrar um objeto perfuro-cortante para na sequência cortar os próprios pulsos. Sim, assustador.

Diante disso, recebi ontem dezenas de vezes a pergunta: "como abordo isso com meu filho?". Pois bem, vamos lá.

Primeiro, é importante lembrar que a criança se sente segura quando você passa esta sensação para ela. Portanto, procure tocar no assunto apenas quando você estiver no controle das suas próprias preocupações e medos.

Desta forma, você pode dizer à criança, de modo adequado ao vocabulário e faixa etária dela, que pessoas ruins estão usando os vídeos favoritos das crianças para assustá-las e ensiná-las a fazerem coisas que não são legais. Pode instruí-la a pausar o vídeo e chamar você caso apareça algum personagem que ela desconhece e, sobretudo,  que ela pode conversar com você sobre qualquer coisa, inclusive seus medos, e que você estará sempre ali para protegê-la.

Pode, ainda, terminar a conversa sentando ao lado dela para assistirem juntos alguns vídeos e, assim, tornar um momento de preocupação uma excelente oportunidade para desenvolver a conexão com seu filho ou filha. Até porque, ainda que, felizmente, ele não tenha tido contato com a Momo, mais dia ou menos dia seu pequeno terá contato com conteúdos que você desaprova e será a conexão entre vocês, o diálogo, a segurança do cuidado e do acolhimento, que o salvará deste mal.

 

Importante!

1) A recomendação vigente ainda é que crianças até 24 meses não tenham nenhum contato com telas e que entre dois e cinco anos tenham até 60 minutos de exposição, distribuídos em pequenos tempos ao longo do dia.

2) Supervisão, supervisão e supervisão. Você é o adulto e, portanto, aquele que decide quanto tempo ela ficará nas telas. Aproveite sua adultez para decidir também quais são os conteúdos com os quais ela terá contato, bem como acompanhar de perto esta interação.

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