O Criciúma Esporte Clube atravessa um momento de transição. Não apenas de ciclo esportivo, mas de mentalidade. Depois de um 2025 aquém do que o torcedor carvoeiro esperava — com o acesso ficando pelo caminho — o Tigre inicia um novo capítulo, sustentado por planejamento, responsabilidade financeira e uma visão clara de futuro.
À frente desse processo está Éder Citadin, executivo de futebol do clube, ídolo da torcida e hoje uma das figuras centrais na reconstrução do futebol carvoeiro. Em conversa com Alex Maranhão, Éder compartilhou com franqueza o diagnóstico do último ano e, principalmente, o caminho que o Criciúma pretende trilhar em 2026.
“2025 não foi o ano que o clube planejou. Fizemos um esforço muito grande, inclusive financeiro, mas o futebol nem sempre devolve na mesma proporção. O acesso era um objetivo claro e não foi alcançado”, admite Éder. Apesar da frustração esportiva, o executivo faz questão de destacar que o clube não abriu mão de princípios fundamentais. O Criciúma, segundo ele, escolheu crescer sem comprometer o próprio futuro.
“Existe um trabalho sério sendo feito. A comissão técnica, liderada pelo Eduardo Baptista, tem total respaldo. É um profissional de altíssimo nível. Temos um elenco comprometido, que entende o peso da camisa e o tamanho da instituição que representa.” A mudança mais profunda, no entanto, não está apenas no elenco ou nas peças de campo. Está na mentalidade. Éder fala com convicção sobre a necessidade de construir uma cultura vencedora, sustentável e alinhada à realidade financeira do clube.
“Queremos implementar uma mentalidade vencedora. Isso passa por organização, por respeito às finanças e por decisões responsáveis. Não adianta buscar resultados imediatos sacrificando o amanhã.”
Nesse processo, o papel da diretoria é central. O presidente Canella e Matheus Benetton são citados como pilares de uma gestão que trabalha incansavelmente para gerar recursos, equilibrar contas e dar o suporte necessário ao futebol.
“O presidente e o Mateus têm sido incansáveis. Existe muito cuidado com as finanças do clube, e isso precisa ser respeitado. O Criciúma só vai crescer se continuar honrando seus compromissos e planejando com responsabilidade.”
Para 2026, o discurso é claro: competitividade, organização e ambição na medida certa. O torcedor pode esperar um Tigre forte no Campeonato Catarinense e preparado para uma Série B dura, longa e extremamente exigente.
“Teremos um Estadual forte e uma Série B muito competitiva. Esse é o compromisso. Não prometemos milagres, prometemos trabalho, entrega e seriedade”, reforça.
Voltar ao Criciúma em um cargo estratégico carrega, para Éder tem um peso emocional que vai além da função executiva.
-É pertencimento.
-É identidade.
-É responsabilidade.
“Estar de volta ao comando do futebol do clube é uma alegria imensa. Poder colaborar, fazer parte desse processo, me orgulha e me motiva a entregar sempre o meu máximo em prol da instituição.” E deixa um recado direto ao torcedor carvoeiro, que conhece como poucos:
“É isso que o torcedor pode esperar de cada profissional que estiver aqui: compromisso, respeito e entrega total. O Criciúma é maior que qualquer nome. É uma causa.” O Tigre não promete atalhos. Promete caminho. Planejamento. Trabalho duro. E uma reconstrução feita com os pés no chão e os olhos no futuro.
Que 2026 seja o ano em que o Criciúma transforme aprendizado em força. E movimentos estratégicos em resultados.
Vida longa ao maior Tricolor do Sul do mundo.E boas festas a todos.
Alex Maranhão
Esporte & Negócios