Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Vetado projeto que proibia acúmulo de salários

Decisão afeta diversos integrantes do atual governo, entre os quais os militares da reserva chamados para cargos
Por Francieli Oliveira Florianópolis, SC, 29/01/2019 - 09:00 Atualizado em 29/01/2019 - 12:45
Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna / Especial / Arquivo
Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna / Especial / Arquivo

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Mais uma polêmica entre os vetos e sanções do governador Carlos Moisés (PSL). Desta vez, foi o veto ao projeto que proibia a acumulação dos rendimentos de aposentadorias ou pensões do Estado com salários de cargos comissionados na administração pública.

A matéria foi aprovada no fim do ano passado pela Assembleia Legislativa (Alesc) e afeta vários integrantes da atual equipe do Governo do Estado, especialmente militares da reserva e que foram chamados para assumir cargos de confiança.

A proposta, elaborada pelo deputado Kennedy Nunes (PSD), previa que o servidor inativo ou da reserva nomeado para cargo em comissão deveria optar ou pela aposentadoria ou pelos vencimentos do cargo. Conforme o parlamentar, o objetivo da matéria era garantir isonomia entre os servidores comissionados, já que os funcionários da ativa, quando acumulam mais de um cargo, têm que optar por um dos vencimentos.

O veto será encaminhado para a Assembleia Legislativa em fevereiro para apreciação dos deputados, que podem mantê-lo ou derrubá-lo.

Justificativa ao veto

O governador informa que seguiu recomendação da Procuradoria Geral do Estado, que sugeriu o veto por ser inconstitucional ao estabelecer restrição a um direito permitido na Constituição Federal. Além disso, o projeto de lei viola, segundo o parecer, a competência privativa do governador ao tratar de questões relacionadas ao regime jurídico dos servidores públicos civis e militares.

Ainda não há manifestação sobre matéria semelhante partir do Executivo. Isso ocorreu no caso do projeto que permitia o uso do nome social em repartições do Estado, que foi vetado e logo em seguida assinado decreto com o mesmo teor.

Outros projetos vetados

O governo também publicou o veto ao projeto que criava a Política Estadual para Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais e da Economia Popular e Solidária, conhecido como Compra Coletiva/SC. O projeto é de iniciativa do deputado Dirceu Dresch (PT) e também foi aprovado no fim do ano passado.

Na justificativa do veto, a argumentação do Executivo é que o assunto é de competência privativa da União, além de ter vício de origem, por impor obrigações do poder público estadual, contrariando “o princípio da independência e da harmonia entre os poderes”.

Também foi publicado o veto ao projeto que instituía a Política Estadual de Produção de Energias Renováveis, contemplando fontes primárias, solar, eólica, hidráulica, maré-motriz, processo de geração de energia oriundos do bagaço da cana de açúcar, casca de arroz, cavacos de madeira, lixo orgânico e demais fontes primárias. O autor da matéria é o deputado Valmir Comin (PP).

Para o Executivo, a proposta é inconstitucional por invadir competência exclusiva da União. Além disso, a concessão de benefícios fiscais, prevista na política, é realizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e necessita da anuência dos outros estados e do Distrito Federal para ser posta em prática.

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito