Apesar das ondas de calor nos ultimos dias, o verão só começa oficialmente neste domingo (21), a partir do meio-dia, e chega trazendo características bem conhecidas dos catarinenses: calor, pancadas de chuva concentradas e temporais típicos de fim de tarde.
Segundo o climatologista da Epagri, Márcio Sônego, e a Defesa Civil, a estação deve ter temperaturas elevadas e chuvas irregulares em Santa Catarina, com volumes abaixo da média em algumas regiões e maior frequência de instabilidades no Litoral e no Planalto Norte.
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De acordo com o climatologista, o trimestre de janeiro, fevereiro e março concentra o maior volume de chuva do ano na região Sul de Santa Catarina. “O verão é a estação que mais chove. Só entre janeiro, fevereiro e março, a média histórica passa de 30% de toda a chuva anual”, explica.
Ele destaca que, na faixa entre Criciúma e Uruçanga, os acumulados médios chegam a cerca de 700 milímetros nesse período.
Apesar disso, a previsão para este verão aponta uma distribuição irregular das chuvas. “Janeiro deve ter chuva dentro da média histórica, mas fevereiro e março tendem a ficar abaixo da média. Isso indica um verão com predominância de bom tempo, mas com chuvas mais concentradas em poucos dias”, afirma Sônego. O cenário favorece sequências de dias ensolarados, intercaladas por temporais rápidos e intensos.
Esses temporais, segundo o climatologista, seguem o padrão clássico da estação. “O dia começa com tempo bom, à tarde surgem nuvens carregadas no costão da serra, que se espalham e provocam os famosos temporais de verão. Em alguns momentos, também pode passar uma frente fria, com vento sul e chuva mais generalizada”, detalha. A Defesa Civil alerta que essas pancadas podem causar alagamentos, enxurradas, rajadas de vento e até granizo de forma pontual.
Em relação às temperaturas, o calor deve ganhar força principalmente na segunda metade da estação. “Janeiro fica dentro da média histórica, mas fevereiro e março devem ter temperaturas acima da média, então esquenta um pouco mais nesse período”, ressalta Sônego.
Para a agricultura e para a população em geral, a orientação é de atenção e planejamento. “Quanto mais perto da praia, menor tende a ser o índice de chuva, então o pessoal do campo precisa ficar atento, especialmente às lavouras de sequeiro, avaliando a necessidade de irrigação”, alerta o climatologista.
Já a Defesa Civil reforça a importância de acompanhar diariamente os boletins meteorológicos e seguir as recomendações de segurança durante temporais, evitando áreas alagadas, contato com águas de enxurrada e exposição a ventos fortes e descargas elétricas.
Com calor mais intenso, chuvas concentradas e risco de eventos extremos localizados, o verão 2025/2026 promete exigir atenção redobrada, mas também oferecer longos períodos de tempo firme, típicos da estação mais aguardada do ano
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