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Verão, a temporada dos raios no litoral

Corpo de Bombeiros lança campanha de prevenção; ano passado, quatro pessoas morreram nas praias catarinenses
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 12/11/2019 - 18:11
Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

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Verão é a temporada de praia, mas também a temporada de raios. Santa Catarina está em uma região de instabilidade meteorológica no Brasil, pois é a confluência das massas de ar quente vindas da amazônia e das massas de instabilidade da Antártida. Isso torna a região cheia de tempestades e, consequentemente, cheia dos raios.

Para minimizar os riscos de uma pessoa ser atingida durante o veraneio, o Corpo de Bombeiros lançou uma campanha de prevenção, dando as dicas para as pessoas se protegerem em meio às tempestades.

“Época de verão é bastante comum os temporais de tarde, na região litorânea tem muita formação de raios no período em que as pessoas estão na praia. Por isso, quando visualizar nuvens mais escuras ou relâmpagos, é bom sair da área mais aberta e procurar algum abrigo. Geralmente o próprio veículo em que a pessoa foi para a praia ou alguma estrutura, algum bar, mercado, alguma edificação. Algo que seja de uso coletivo e que a pessoa tenha o acesso”, alerta o tenente do Corpo de Bombeiros de Criciúma, Eduardo Henrique Ribeiro.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que em média 120 pessoas morrem atingidas por raio em todo o Brasil. Em Santa Catarina, a média é de cinco óbitos por ano; em 2018, quatro pessoas morreram atingidas por raios no litoral catarinense.

"As pessoas normalmente são mais afetadas no litoral, principalmente no verão, porque é mais quente, úmido e chove com maior frequência. As tempestades acontecem à tarde, à noite e no começo da madrugada. Geralmente os acidentes aconteem nos fins de tarde, quando têm as pancadas de chuva de verão e as pessoas ainda estão na praia", explica o meteorologista da Epagri/Ciram, Marcelo Martins.

Procurar abrigos abertos, como por exemplo paradas de ônibus ou uma árvore, pode até parecer uma boa ideia na hora da tempestade, mas na verdade é péssimo. Por serem estruturas altas, elas podem atrair a queda do raio. Por serem abertos, elas não impedem que o raio caia em uma área próxima e a descarga utilizar a chamada "tensão de passo, ou seja, a diferença de potencial do passo da pessoa faz com que a corrente elétrica encontre a pessoa como caminho", e ocasionar uma parada cardíaca, explica o tenente Eduardo. "Ser atingido pela corrente de um raio que caiu a 100 ou 200 metros pode ser tão letal quanto ser atingido diretamente por um", esclareceu Marcelo.

Cúmulus Nimbus provoca o raio nas tempestades de verão (Foto: Arquivo / 4oito)

Criciúma área de raios

A cidade está entre as 60 com maior incidência de raios no Estado, por densidade, de acordo com o Inpe. Por ano, caem em média cinco raios por quilômetro quadrado no município. Não é só na praia que está o perigo de ser atingido. Quando há tempestade, é recomendável que se permaneça em abrigo fechado, evite piscinas ou áreas de água corrente, mas também a área rural, especialmente de floresta de coníferas. Os pinheiros acabam chamando a corrente elétrica.

Dados do Inpe apontam que 25% das mortes por raio no país, entre 2000 e 2017, aconteceram em áreas rurais; 18% dentro de casa e 4% no litoral. Em todo o Brasil, as estações com maior incidência são o verão e a primavera, respectivamente.

"Nas praias, geralmente os turistas são atingidos, porque estão desacostumados a não saírem do local que vai acontecer a tempestade antes, não prestando atenção nos alertas meteorológico. Não é indicado ficar em nenhum local molhado”, conclui o meteorologista Marcelo Martins.

Fonte: Inpe

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