Acontecerá na quinta-feira (18) uma Audiência Pública em Criciúma para discutir a implantação de praças de pedágio no trecho sul da BR-101. Os prefeitos da região estão se mobilizando contra a proposta. O prefeito de Sombrio e presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), Zênio Cardoso, vai reunir os prefeitos hoje, às 16h, em Araranguá para mobilizar a participação de todos na audiência.

“Estamos gastando energia à toa. Porque com todo os nosso problemas que temos para administrar os nosso municípios, com todos os problemas do país, todos os problemas de ordem econômica, social e política, agora volta de novo essa intenção da ANTT de criar praças de pedágio da nossa região. Já tivemos aquela luta gigante em São João do Sul, foi uma movimentação expressiva. Estamos mobilizados. Amrec, Amurel e Amesc para que a gente tire uma posição. Não queremos travar o progresso. Precisamos de estradas boas, isso faz parte do desenvolvimento, mas não é dessa forma”, afirmou Zênio.

O presidente lembra que a situação se arrasta há muito tempo e que para enfrenta-la é preciso gastar uma energia enorme. Segundo ele, a implantação de uma praça pedágio é uma questão irreversível, mas o número de praças sugerido pela ANTT é excessivo. “Nós do extremo sul estamos encaixotados. Saí para norte paga, sai para o sul paga. Então essas discussões tem que ser levantadas”, esclareceu.

 A questão também foi levantada na sessão de ontem da Câmara de Criciúma pelos vereadores Tita Belloli (MDB) e Julio Colombo (PSB). Eles defenderam um "movimento de repúdio" contra a implantação das quatro praças.

“É uma vergonha. Nós conseguimos fazer uma rodovia, a BR-101, depois de muito tempo. E agora que está pronta querem privatizar. Ontem eu fiz uma solicitação aos vereadores que façam uma Moção de Repúdio e que a gente entregue aos coordenadores da ANTT. Não podemos deixar que isso aconteça na nossa cidade e na nossa região, onde os moradores utilizam as rodovias para ir ao trabalho e aí colocarem quatro praças de pedágio. Isso é um absurdo”, afirmou Belloli.