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Síndicos reclamam de adequações do Se Liga na Rede

Dois síndicos estiveram no Programa Adelor Lessa para falar sobre adequações cobradas; Casan justifica a necessidade das ligações corretas no esgoto
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 29/01/2020 - 09:34 Atualizado em 29/01/2020 - 09:55
Os síndicos Gilson e Rodrigo no Programa Adelor Lessa (Foto: Paulo Monteiro / 4oito)
Os síndicos Gilson e Rodrigo no Programa Adelor Lessa (Foto: Paulo Monteiro / 4oito)

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Determinação do Programa se Liga na Rede, que solicita adequações nas ligações das residências de Criciúma à rede de esgoto, gerou controvérsias entre administradores de prédios. Alguns síndicos reclamaram com o prazo estipulado pela fiscalização e ter que arcar com os custos das reformas sem que haja abatimento na cobrança da taxa de esgoto. A Casan responde, afirma que a ligação correta é importante ambientalmente e para a operação das estações de tratamento.

No Programa Adelor Lessa desta quarta-feira, na Rádio Som Maior, estiveram dois síndicos: Rodrigo Goulart e Gilson Raasch. A principal reclamação é de ter que pagar pelas adequações. 

"As ligações que eles pedem são no mínimo inviáveis e nos orientam que temos só 45 dias para a mudança de toda a estrutura. Água da máquina de lavar roupa não pode entrar na caixa de gordura, por exemplo. Essa lei é de 1999. A gente recebeu vistoria da prefeitura e estava tudo dentro das normas. Agoras eles pedem que refaçamos a estrutura. Eles alegam que é para receber uma água mais limpa, mas o investimento é todo nosso", relata Rodrigo.

Gilberto Benedet, superintendente regional da Casan, esteve no debate e colocou a necessidade da separação da caixa de gordura para evitar problemas nas estações de tratamento de esgoto. 

"Esse programa (se liga na rede) visa efetivar as ligações de maneira correta. Qualquer coisa além do esgoto em si, in natura, é algo que vai prejudicar o funcionamento futuro na estação, prejudicar bombeamentos e manutenção da rede coletora. A caixa de gordura, se não for separada do efluente que vem para a nossa rede, a gordura solidifica, encrosta nas redes, obstrui a ligação e o esgoto volta para as residências".

Os síndicos afirmam que para muitos prédios, especialmente os mais antigos, fazer as adequações é mais complicado. Gilson afirma que é o caso do prédio dele, que passa por outras reformas no momento. "A água do tanque é gordura também, mas não pode cair junto com a caixa de gordura. Aí eu tenho que fazer outra caixa para a água sair mais limpa, legal. Mas para quê? Para eles gastarem menos. Eu vou melhorar a qualidade do meu esgoto para eles gastarem menos e eles não gastarem nada? Quanto vou ter de redução de taxa? Vou investir, gastar e eles vão se beneficiar disso?"

Gilson e Rodrigo afirmam que foi dado um prazo de 45 dias para adequação. Gilberto respondeu que a Casan está à disposição para o diálogo com os síndicos e que o prazo médio de 60 dias. Há casos mais graves que precisam de readequação estrutural e precisam de mais estudos.

"Caso da máquina, o detergente absorve a gordura, o detergente prejudica a caixa de gordura, por isso a separação. Estamos cientes (das dificuldades em alguns casos) e a Casan está aberta a qualquer diálogo. Tem que ter a consciência de que tem que ter a ligação correta. Os rios aqui da região estão poluídos e o lençol freático provavelmente está contaminado, precisamos resolver essa situação", concluiu Gilberto.

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