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Sindicato dos Químicos completa 39 anos de fundação

Entidade representa mais de 11 mil trabalhadores da indústria
Por Redação Criciúma, SC, 05/06/2022 - 12:11
Foto: Divulgação
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Representando mais de 11 mil trabalhadores de duas importantes cadeias produtivas do sul de Santa Catarina, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região completa 39 anos de fundação neste domingo, dia 5. A organização da categoria, no entanto, começou em 1982, quando foi fundada a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Criciúma e Urussanga, como exigia a legislação à época.

"São 39 anos de muitas lutas, de organização de uma categoria aguerrida, politizada e de conquistas históricas", define o vice-presidente e presidente em exercício do Sindicato, Edson Rebelo, o Japonês, já que Carlos de Cordes, o Dé, presidente eleito, em junho está exercendo o cargo de 1º vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Industria do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), em Itapema, entidade que representa mais de 300 mil industriários.

"É uma história de muitos avanços e confrontos, iniciados em um período difícil, durante da ditadura militar quando até para conseguirmos formar a primeira entidade; era preciso primeiro convencer os pais de trabalhadores para que seus filhos pudessem integrar a associação, pois todos temiam os métodos empregados pelo governo militar e seus organismos", lembra Joel Bittencourt, do Conselho Fiscal do Sindicato, e um dos primeiros líderes da organização da categoria.

Os "químicos" como são chamados popularmente os trabalhadores das indústrias plásticas, químicas e farmacêuticas de Criciúma e região atuam em mais de 300 empresas na base territorial do sindicato, em 29 municípios do sul catarinense. "Tivemos momentos de vitórias históricas, como a volta ao trabalho de dirigentes sindicais demitidos pela Canguru, em 2007, quando fizemos greve de uma semana e de muita tensão, quando mais de 420 trabalhadores da Canguru e Inza foram demitidos em 2016", lembra Joel.

Aos trabalhadores, ressalta Edson Rebelo, foi construída uma trajetória de conquistas importantes. "O adicional noturno, por exemplo, que a CLT determina que seja de 20%, nas indústrias plásticas é de 32,5% e nas químicas 35%; temos aviso prévio mais valorizado que a previsão da lei, assim como garantias de emprego na pré-aposentadoria, na segurança do trabalho e, inclusive, os nossos trabalhadores podem acompanha filhos menos em internações hospitalares de até 14 dias, sem prejuízo aos salários", relata Japonês.

Conforme o vice-presidente do Sindicato, "nosso passado é de uma categoria forjada na luta, com conquistas marcantes, mas os tempos atuais exigem uma reengenharia de novos processos e procedimentos; perdemos de forma geral perderam muito com as reformas trabalhista e previdenciária e com a permissão da terceirização inclusive da atividade fim; direitos conquistados durante décadas nos foram tirados em poucos anos e será preciso muito trabalho para revertermos este quadro, por isto estamos focado no futuro", finaliza Rebelo.

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