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Salão de Móvel de Milão é adiado e impacta viagem de criciumenses

Evento é considerado o maior de arquitetura e design, foi remarcado por causa do coronavírus; comitiva sairia do Sul catarinense
Por Heitor Araujo 27/02/2020 - 18:56 Atualizado em 27/02/2020 - 18:56
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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A crise provocada pelo coronavírus em Milão atinge moradores, turistas, mas também segmentos econômicos. Na cidade, considerada capital da moda, ocorre anualmente o Salão Internacional do Móvel, principal evento de arquitetura e decoração do mundo. De lá saem as tendências para o setor: ele estava marcado para abril deste ano, mas em decorrência da epidemia na região, foi transferido para junho. Assim, os reflexos chegarão a todos os lugares do mundo, incluindo Criciúma.

Uma comitiva de lojistas do setor da região estava programada para o evento. A jornalista Elaine Colombo, administradora da página Casa Ela Oficial, já estava com as passagens compradas para Milão para a produção de conteúdo sobre o Salão de Móvel. Agora, trabalha para conseguir reprogramar a viagem: o evento ocorreria entre os dias 21 e 26 de abril foi remarcado para 16 a 21 de junho.

"Com a feira adiada, não tem muito o que fazer. Está tudo cancelado no momento. A agência de viagens está no trâmite de adiar e cancelar as reservas. É um transtorno, mas algo que foi preciso", avalia Elaine. Ela explica a importância que o festival traz para o segmento, inclusive com reflexos em Criciúma e região.

"É uma feira muito importante para qualquer profissional ligado a arquitetura e design, vai ter um impacto muito grande nesse setor. Ela dita tendências ao mundo inteiro. É uma pena ser adiado, têm empresas daqui da região que eu acompanho que fariam lançamentos lá. Vai acabar adiando esse processo. Algum impacto no geral (economicamente), para as grandes empresas, pode ter, porque lá eles lançam produtos e vai acabar atrasando", explica a jornalista.

Para Elaine, pessoalmente, o adiamento não deve mudar a produção de conteúdo que ela fará, pela primeira vez, no evento. Os contratos com empresas que ela havia fechado devem permanecer, a única mudança será reprogramar as passagens e a estadia em Milão. Ela conta que estava esperando alterações no evento desde que o surto do coronavírus virou preocupação na Lombardia.

"Eu estava acompanhando e já previa que seria adiado. Teve uma feira na China de tecnologia que também foi adiada, então eu já esperava que isso aconteceria", afirma. Ela permanecerá atenta aos desdobramentos do assunto no norte italiano. "Temos que ficar acompanhando, tenho um primo que mora lá e ele disse que na TV está dizendo mais do que é. Mas uma feira dessa magnitude, com muita gente entrando e saindo de Milão, traria sim riscos para a população mundial", conforma-se.

Alerta em Milão

Milão é o epicentro da região mais rica da Itália, a mais atingida pelo surto de coronavírus no país europeu. Aulas em universidades foram canceladas, mercados convivem com a falta momentânea de produtos e parte da população vive alarmada com a possibilidade de contágio. Eventos esportivos podem ser realizados sem a presença de torcedores e o carnaval da cidade foi cancelado. Em cidades menores da Lombardia está sendo realizada a quarentena, ou seja, ninguém entra e ninguém sai. 

A estudante criciumense Júlia Lodetti, que está em Milão desde 14 de fevereiro para fazer intercâmbio, disse que nesta quinta-feira a situação estava mais tranquila na cidade. Novos casos de coronavírus foram descobertos na Itália, mas poucos na Lombardia. Ela destaca que mais de 40 pessoas foram diagnosticadas como curadas da doença e a rotina vai aos poucos voltando ao normal. 

"Hoje eu resolvi sair na rua, tomando vários cuidados mesmo e tava quase todo mundo normal, com bem mais gente nas ruas. No mercado cada vez mais voltando ao normal e nas farmácias já tem álcool gel. Vi só duas pessoas usando máscaras. A minha universidade mandou e-mail e disse que metade dos cursos vai começar online já nesta segunda-feira", resumiu a intercambista. 

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